Na passada terça-feira, dia 23 Outubro, os MC4
- Movimento Corporal 4, protagonizaram na sala de espectáculos
da AAUBI - Associação Académica da
Universidade da Beira Interior, um espectáculo
de dança contemporânea inserido no Art'UBI
- Mostra de Artes da Universidade da Beira Interior.
"A Poesia Virtual" apresentada pelos MC4 envolveu
os espectadores num espaço em que o ambiente se
modificava a cada segundo, sendo o tempo o confidente
dessa mudança.
Numa era informatizada e virada para as novas tecnologias,
a dança constitui-se como uma arte que não
coloca de lado esta viragem, mostrando que arte e tecnologia
podem andar lado a lado, pois "a dança tenta
buscar novos caminhos e integrar-se com novos elementos",
sublinha Índio Queiroz, coreógrafo e bailarino
do MC4.
Os gestos e a representação
envolviam-se no movimento, tornando-se numa só
linguagem corporal
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Para a companhia de dança,
este espectáculo foi um desafio na medida
em que foi reformulado para ser apresentado única
e exclusivamente para o espaço da AAUBI,
"Um espaço pequeno, mas acolhedor, que
permitiu estar mais próximo do público,
e sentir que o que estava a ser dado, era igualmente
recebido", refere Jeferson Petrillo Nunes,
coreógrafo e bailarino do MC4. tecnologia
é um meio e não um fim; é uma
forma de interagir com o público, aproximando-o
do espectáculo.
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"Poesia Virtual" é um espectáculo
de comunicação, pois a poesia não
é somente a palavra, mas tudo o que a envolve,
como o gesto, o canto, o teatro, a imagem e o vídeo.
Todos os movimentos, toda a representação,
toda a performance, foram um modo de comunicação
para com o público e para com os próprios
bailarinos, cujo objectivo fundamental era levar o espectador
a sentir que a linguagem corporal diz mais que a palavra,
pois todos os sentimentos e emoções são
através dela exteriorizados.
O diálogo fazia-se sentir em todos os seus movimentos,
em todo o corpo e expressões, pois "não
é preciso abrir a boca para comunicarmos, e sentirmos
um conjunto de emoções como o toque, o olhar
e o prazer de existir" acrescenta Sérgio Novo,
um espectador que saiu satisfeito com a actuação.
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