Hospital Sousa Martins
Utentes contestam obras
e incumprimento de normas
O ruído das
obras perturba, não só, os doentes como
os próprios profissionais de saúde. Pais
não podem acompanhar as grávidas na altura
do parto.
|
NC/Urbi et Orbi
|
|
O bloco principal do Hospital Sousa
Martins está em obras. Até aqui nada de
anormal. No entanto, a situação complica-se
para as pessoas internadas no Serviço de Obstetrícia
daquela unidade hospitalar. O barulho provocado pelos
trabalhos a decorrer no serviço de Medicina, por
cima do local onde estão os recém-nascidos
e as mães, importuna e causa mesmo uma certa revolta
aos familiares que ali se dirigem e também aos
profissionais de saúde.
"O barulho é insuportável, sobretudo
nas condições físicas e emocionais
em que a gente se encontra", declarou ao NC uma senhora
que teve o seu primeiro filho há poucos dias.
Contudo, não é só o barulho provocado
pelas obras que demonstra o desagrado dos utentes do Hospital.
A contestação sobe de tom devido ao facto
de os pais não poderem acompanhar o parto. Algo
contrário àquilo que está escrito
no ponto 4 das normas do Serviço de Obstetrícia
do Hospital Sousa Martins: " A grávida pode
ser acompanhada permanentemente por uma pessoa na sala
de dilatação".
As deputadas socialistas, Maria do Rosário Carneiro
e Sónia Fertuzinhos, já estão atentas
a estas situações. As deputadas têm
agendadas visitas a algumas maternidades do País,
com o objectivo de apurarem o cumprimento ou não
da legislação em vigor, nomeadamente no
que concerne à Lei 14 / 85.
|