II Simposium
Luso - Espanhol
Escola: direito de todos
Os valores e as
práticas da Educação Inclusiva
foram o tema em debate durante dois dias na UBI. O II
Simposium Luso-Espanhol contou com vários docentes
portugueses e espanhoís que alertaram para as
necessidades especiais de integração e
ensino de crianças e jovens também eles
especiais. Em Portugal, a Escola Inclusiva é
ainda "Uma miragem".
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Por Marta Martinho
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Dezenas de alunos e docentes da UBI e de outras universidades
portuguesas e espanholas debateram durante dois dias a
temática da Educação Inclusiva
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O Departamento de Ciências
da Educação da Universidade da Beira Interior
promoveu nos passados dias 12 e 13 de Outubro o segundo
Simposium Luso - Espanhol "Escola para Todos",
subordinado ao tema "Valores e Práticas na Educação
Inclusiva". Esta iniciativa decorreu no pólo
VI da UBI, tendo como objectivos promover uma reflexão
ao nível dos fundamentos axiológicos para
a Escola Inclusiva, sensibilizar a comunidade educativa
para a problemática deste tipo de escola, e ajudar
a desenvolver competências no âmbito das especialidades
inerentes à Escola Inclusiva.
Durante os dois dias do simpósio todos os temas debatidos
deram especial atenção a alunos com determinadas
deficiências, desvantagens ou necessidades educativas
especiais sendo necessário olhar cada aluno como
um ser único, com necessidades próprias e
com uma maneira diferente de ver e perceber as coisas, necessitando
por isso de um tratamento especial e próprio.
As crianças têm gostos, aptidões, e
capacidades que têm de ser desenvolvidas e olhadas
como um caso único. Para as crianças com necessidades
especiais não se deve seguir um currículo
pré-estabelecido, deve deixar-se que o aluno desenvolva
as suas capacidades e o tipo de inteligência para
o qual tem aptidão.
Em tais casos o professor deve mostrar ao aluno aquilo de
que ele é capaz, revelando-lhe que ele tem capacidades
e ajudando-o a ultrapassar os seus limites. Os professores
não deveram seguir caminhos já existentes,
mas sim usar a ciatividade e a imaginação
para poderem captar e manter a atenção dos
alunos. A escola é para todos e não se deve
excluir ninguém, é preciso forças para
o avanço desta nova escola em que não se nega
o direito de aprender e não se coloca ninguém
de parte. Cada pessoa e única e tem os seus limites
e a escola inclusiva aparece para que todos possam ter direito
a aprender.
"A Escola Inclusiva é uma miragem"
Manuel Joaquim Loureiro, Coordenador da Comissão
Organizadora, revelou-se bastante satisfeito com a forma
como o evento decorreu, afirmando que os objectivos desta
iniciativa foram cumpridos. Porém, considera que
"ainda existe muito trabalho a fazer para que a Escola
Inclusiva se implante em Portugal". "A Escola
Inclusiva é uma miragem que tem de ser vista como
referência de um projecto futuro em que é necessário
muito trabalho e formação, tem de se adquirir
e reinvidicar condições para os alunos com
necessidades especiais e uma fundamentação
ao nível dos valores".
No simpósio estiveram presentes docentes portugueses
e espanhóis tais como: Vitor Cruz da Faculdade da
Motricidade Humana - Universidade Técnica de Lisboa;
António Vieira Ferreira - Escola de Paranhos e Universidade
Portucalense; Carla Elsa Marques - Centro de Desenvolvimento
da Criança do HPC; Manuel Ferreira Patrício
- Universidade de Évora; Albino Vieira Ferreira -
Escola Pedro Álvares Cabral de Belmonte; Cristina
Petrucci Albuquerque - Universidade de Coimbra; Antonio
Sánchez Cabaco - Universidade Pontifícia de
Salamanca; Emilio Sanchez - Universidade de Estremadura
e José Orrantia - Universidade de Salamanca.
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No
dia 3 e 4 de Novembro realizam-se as comemorações
nacionais do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A data será comemorada em Castelo Branco
no âmbito de uma iniciativa que terá
início em Viana do Castelo.
Será realizada uma marcha de solideriedade
com início na cidade de Viana do Castelo
que se estenderá
até Castelo Branco, tendo a colaboração
de 300 associações na área
docente. A marcha solidária prolonga-se por
15 dias.
Jorge Sampaio, presidente da Replública,
presidirá à marcha de solidariedade,
e vai estar presente nos vários eventos,
onde se debaterá a problemática das
pessoas com deficiência.
O ano 2003 será o ano mundial do deficiente.
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