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Abaixo a praxe!!!
"Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados
de razão e de consciência, devem agir uns
para com os outros em espírito de fraternidade."
(Artigo 1º da Declaração Universal
dos Direitos do Homem).
"Ninguém pode ser privilegiado,
beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito
ou isento de qualquer dever em razão de ascendência,
sexo, raça, língua, território de
origem, religião, convicções políticas
ou ideológicas, instrução, situação
económica ou condição social."
(Nº 2 do Artigo 13º da Constituição
da República Portuguesa).
A praxe é uma vergonha nacional! Todos os anos
no Ensino Superior (e até nos outros ramos de Ensino),
milhares de jovens são insultados, rebaixados,
escravizados, injustiçados, ofendidos na sua dignidade
social e psicológica ... alguns são mesmo
agredidos e roubados acabando nas Urgências dos
Hospitais. A praxe baseia-se numa relação
de superioridade, medida unicamente pelos número
de matrículas, que esquece as reais qualidades
científicas, técnicas, culturais e morais
da pessoa humana. Os caloiros são obrigados a submeterem-se
à vontade ditatorial dos falsos "doutores"
e "veteranos", como forma de uma suposta "integração
no meio académico".
Contrariamente a esta visão autoritária
e manipuladora da vida académica, própria
de regimes políticos como o nazismo ou o fascismo,
a Associação anarco-praxe da UBI defende
formas de integração dos caloiros baseadas
na compreensão mútua, numa acção
comunicacional orientada para o acordo argumentativamente
fundado. Actividades desportivas, participação
em movimentos associativos que exaltem a formação
humana para os valores da vida, visitas à região
da Beira Interior etc. seriam actividades a privilegiar
no início do ano lectivo. O objectivo é
contribuir para a exaltação da imagem favorável
da Universidade, e em particular da UBI, como centro de
criação de saber (científico, cultural
e tecnológico) e de formação humana,
ao longo da escola da vida, numa simbiose e osmose perfeita
entre momentos de estudo e de divertimento (baseados no
respeito mútuo).
A praxe viola a Declaração dos Direitos
Humanos e a Constituição da República
portuguesa. Todo o ser humano tem direito à dignidade
e a ser respeitado em espírito de fraternidade.
Os caloiros, enquanto membros do Estado Português
ou a ele associados por intercâmbios inter-estaduais,
gozam de liberdade, direitos e garantias inalienáveis:
NINGUÉM É OBRIGADO A PARTICIPAR NA PRAXE,
OS CALOIROS QUE ADERIREM À PRAXE DEVEM FAZÊ-LO
EM PLENA CONSCIÊNCIA. No entanto, poucos são
os caloiros que conhecem os seus direitos! Alguns praxadores
aceitam este princípio, mas outros cometem as mais
altas infracções à lei portuguesa
e aos direitos humanos. Pelo simples facto de instrução
(isto é: educação), ninguém
pode ser prejudicado, nem beneficiado. Os caloiros são
prejudicados por serem neófitos em instrução
e entrarem para uma nova escola. Neste contexto, cumprindo
a Declaração Universal dos Direitos do Homem
e a Constituição da República Portuguesa,
também ninguém pode ser privado de adquirir
o traje académico, porque ele é o símbolo
estudantil de indumentária reconhecido pelas Reitorias
das Universidades portuguesas. De facto, noutros países
existe uma indumentária própria que é
conferida pelas próprias Reitorias e que inclui
toga e chapéu apropriado. Do mesmo modo, ninguém
pode ser excluído de participar nas actividades
académicas promovidas pelas diversas Associações
de Estudantes ou pela própria Universidade, sob
pena dos infractores serem acusados de discriminação
por instrução, descrita pela Lei Fundamental
de Portugal e punível pelo Código Civil.
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