O Covilhã dominou os albicastrenses por completo mas, mais uma vez, pecou na concretização


Ficha do Jogo

Estádio Municipal José Santos Pinto
(30-09-2001)



Árbitro: Rui Costa (Porto)
Auxiliares: José Rodrigues e Alcino Moura

Sp. Covilhã - 0
Celso; Rui Morais (Hélder Gomes, 56 m), Piguita, Alexandre e Marco Abreu (Túbia, 63 m); Trindade, Capelas, Chalana (Sousa, 45 m) e José Carlos; Hermes e Riça.
Treinador: João Cavaleiro

Benf. C. Branco - 0
Valezim; Pimenta, Gervásio, Joca, Nandinho e Chico Lopes (Rato, 90 m); Ricas (Telmo, 55 m), Canário, Alexandre e Cristophe; Gringo (Jú, 78 m)
Treinador: Quim Manuel

Disciplina: cartão amarelo a Gringo (41 m), Trindade (62 m), Gervásio (62 m), Hermes (78 m), Valezim (90 m) e Sousa (90 m). Vermelho directo a Alexandre (Benf. C. Branco).




Melhor em campo
Piguita e Valezim


Numa partida em que o Covilhã esteve alguns "furos" abaixo daquilo que já mostrou conseguir fazer, valeu a consistência e regularidade de dois veteranos da equipa: Piguita e Capelas. O destaque maior vai, no entanto para o defesa central que, com pouco trabalho no seu sector, achou por bem auxiliar o meio campo. E não se saíu mal. Como "trinco", anulou quase todas as jogadas do ataque albicastrense antes do Benfica se aproximar perigosamente da área. Para além disso, começaram nos seus pés algumas das jogadas ofensivas mais perigosas da sua equipa.
Do outro lado, no entanto, esteve um Valezim irrepreensível. Quando a defesa falhava, o guardião, que já representou as cores dos "Leões da Serra" foi uma muralha intransponível. É certo que beneficiou da desconcentração dos avançados covilhanenses em algumas jogadas, mas ninguém lhe pode tirar o mérito de uma mão cheia de defesas de extrema qualidade.
II Divisão B - Derby termina sem golos
Benfica CB rouba ponto na Covilhã

No primeiro derby distrital da temporada, o Benfica de Castelo Branco surpreende o Covilhã. Reduzida a 10 jogadores a partir dos 40 minutos, a turma de Quim Manuel rouba um ponto aos serranos que descem à sétima posição da tabela.

Por Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi


Sporting da Covilhã e Benfica e Castelo Branco protagonizaram, no último domingo, 30 de Setembro, uma partida fraca. Apesar de disputado, o jogo careceu de qualidade técnica e os lances de perigo só a espaços surgiram junto das balizas. Ainda assim, coube à formação sportinguista o domínio do jogo durante a quase totalidade dos noventa minutos. A jogar com apenas 10 elementos durante toda a segunda parte, o Benfica albicastrense acaba, no entanto, por ter mérito na manutenção do empate (0-0).
Com um jogo bastante equilibrado desde o início, a primeira oportunidade de golo surge aos 28 minutos: Riça atira à barra de Valezim no seguimento de um livre descaído para o lado direito do ataque. A partir da meia-hora de jogo só deu Covilhã. No entanto, na hora da finalização, o esclarecimento dos avançados não era o melhor: "Tivemos muito mal no último terço do terreno", queixava-se no fim João Cavaleiro.
A jogar com três centrais, o Benfica não conseguia tapar os caminhos da baliza, mas atrapalhava o suficiente para que os homens serranos não rematassem à vontade. Sempre à espreita do contra-ataque, os pupilos de Quim Manuel raramente conseguiam passar do meio campo e, na única vez que o conseguiram, Cristophe atira ao lado. Aos 40 minutos, na sequência de uma falta sobre Riça, Alexandre (do Benfica CB) é expulso com vermelho directo. Ao que tudo indica, por palavras dirigidas ao árbitro Rui Costa. A missão dos "encarnados" torna-se ainda mais difícil e, nos últimos cinco minutos, o Covilhã não arreda pé das imediações da área de Valezim. As investidas, contudo, não se traduzem em resultados práticos.

Valezim segura empate

Ao intervalo João Cavaleiro faz entrar Sousa para o lugar de Chalana e o meio campo ofensivo ganha nova consistência. Ainda não estavam decorridos oito minutos desde a retoma do encontro e o Covilhã desperdiça a mais flagrante oportunidade do encontro: Sousa remata de longe para uma grande defesa de Valezim e, na recarga, com toda a baliza à sua mercê, José Carlos faz o mais difícil e atira contra o guardião "encarnado" que ainda estava no chão. Logo de seguida, Riça, de livre, volta a pôr à prova os reflexos do guarda-redes albicastrense. A bola ainda tabela na barreira e obriga Valezim a um golpe de rins fantástico que lhe valeu a defesa da tarde. O número um "encarnado" esteve irrepreensível durante quase toda a partida e só se lhe pode apontar um único erro: aos 70 minutos, no seguimento de um canto, sai em falso e é substituído pelo poste num remate de Piguita.
O Covilhã continuava a mandar e, face à inoperância do sector atacante albicastrense, Cavaleiro manda a equipa subir. Os serranos chegariam ao fim da partida com uma frente de ataque constituída por cinco elementos (Riça, Hermes, Túbia, José Carlos e Hélder Gomes, já para não falar de Sousa), mas nem assim o resultado sofreu alterações. Aliás, a melhor oportunidade para desequilibrar o marcador pertence ao vilarealense Canário que, ao caír do pano obriga Celso a defesa espectacular.

Má arbitragem

O resultado final acaba por premiar a defesa do Benfica, que se esqueceu que estava a jogar apenas com 10 elementos, e por castigar o desacerto do ataque covilhanense. No que respeita à arbitragem a nota para Rui Costa é negativa. O árbitro portuense esteve mal ao ajuizar alguns lances, marcou faltas ao contrário e perdoou uma grande penalidade nítida ao Benfica, quando um central corta um lance de ataque com a mão dentro da grande área. Para além disso, ficaram alguns amarelos por mostrar e, na expulsão de Alexandre, o vermelho directo parece ser exagerado.
Na próxima jornada, a 14 de Outubro (no domingo, 7, joga-se mais uma eliminatória da Taça de Portugal), o Covilhã desloca-se a S. João de Ver, enquanto o Benfica e Castelo Branco recebe outro Sporting, o de Pombal.