"Ultra-Light", espectáculo
pautado pelo humor e a ironia e dirigido por Rui Nunes
foi apresentado na passada Quinta feira, 4
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Encontros de
Dança
Uma curta apresentação
Entre os dias 2 e 11 do mês de Outubro, a Covilhã
acolhe coreógrafos, bailarinos e todo o pessoal
técnico que participa em cinco espectáculos
regidos pelo humor e ironia: são os Encontros de
Dança que já chegaram à cidade.
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Por Ana Filipa
Silva
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No dia 4 deste mês,
realizou-se o segundo espectáculo do cartaz proposto
pelos Encontros de Dança da Covilhã, uma iniciativa
do Teatro das Beiras. Ultra-Light foi dirigido por Rui Nunes,
embora a co-criação e interpretação
fosse partilhada com Filipa Francisco, a autora da peça
que abriu e norteou este acontecimento. A ironia e o humor
orientam as coreografias apresentadas.
Nuno Coelho, actor free-lancer e co-director artístico
desta iniciativa, considera que "a arte tem o papel
de nos levar para outros campos", pois o contexto social
em que vivemos "faz-nos menos alegres".
Este espectáculo, em particular, recorre a efeitos
multimedia no intuito de nos fazer sentir que a ironia existe
em todos nós. A projecção de imagens
e o jogo de luzes é notório, para tal contribui
o facto do palco estar coberto de panos brancos.
Em cena aparece um casal que através de movimentos
suaves nos guia pela relação existente. O
ritmo dos seus corpos é tão calmo que nos
faz reflectir. Os bailarinos têm uma actuação
mais expansiva apenas na recta final do espectáculo,
fase em que as únicas palavras são pronunciadas,
uma mistura de inglês e português.
Ultra-Light foi apresentado pela primeira vez em Tondela,
e em seguida no Porto. A Covilhã recebeu-o numa véspera
de feriado, e talvez a isso se fique a dever a fraca adesão
do público. A reacção dividiu-se entre
aqueles que "gostaram" e os outros que ficaram
"desiludidos", apesar de não conhecerem
o percurso profissional dos bailarinos.
Uma espectadora, que preferiu o anonimato, disse-nos que
não gostou do conjunto em si, pois é o tipo
de dança que não aprecia, para além
disso a apresentação foi muito curta e parada,
contudo salvaguardou que Filipa Francisco e Rui Nunes têm
uma boa técnica e a habilidade dos seus corpos ajuda
a uma boa representação.
Já Magda, de 19 anos, ficou fascinada com o espectáculo,
pois conseguiu encontrar uma história entre o ritmo
e a expressão corporal dos dois protagonistas. Considerou-o
curto, mas opina que provavelmente não funcionaria
bem de outra forma. Foi o único espectáculo
que viu até à data e não sabe se irá
ver alguns dos outros.
Para aqueles que ainda querem aproveitar este acontecimento,
podem fazê-lo nos dias 9 e 11 do corrente mês.
É de referir que estes Encontros comportam, para
além das apresentações em si, uma conferência,
uma exibição de filmes e uma exposição
aberta nos dias úteis das 15 horas às 19 horas
no Teatro das Beiras.
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