Por Ana Maria Fonseca


A Igreja de São Tiago foi palco de um memorável concerto que contou com a direcção de Alfredo Bernardini

A Orquestra Barroca da Covilhã contou com um convidado especial que abrilhantou a actuação do passado Sábado, 6, na Igreja de São Tiago.
Cerca de 80 pessoas assistiram durante perto de duas horas à terceira actuação da Ars Antiqua, dirigida pelo consagrado oboísta italiano Alfredo Bernardini.
O concerto onde se ouviram partituras de Vivaldi, Purcell, Zelenka, Handel, Bach e Corelli agradou a todos, músicos e público que aplaudiu efusivamente Alfredo Bernardini e a Ars Antiqua.
A direcção musical esteve a cargo de Alfredo Bernardini.
Na viola estiveram António Silva e Mónica Saraiva, no violone Ducan Fox.
Os violinistas foram António Ramos, Clara Dias, António Martelo, Hugo Mendes, João Mendes, Norberto, Rócio Almansa e Joana Cipriano.
Tocaram violoncelo Miguel Matias e Rogério Peixinho.
No cravo esteve Júlio Dias, no oboé Pedro Castro e Ricardo Lopes e no fragote Carolino Crreiro.
Uma demonstração onde se apresentaram vários convidados que primou pela qualidade de uma sonoridade a que os covilhanenses não estão habituados mas que lhes agrada, como ficou demonstrado neste espectáculo.
A Orquestra Barroca da Covilhã continua a dar mostras do seu valor e mestria na música barroca com actuações de qualidade.





O percurso artístico de Bernardini

 
Alfredo Bernardini nasceu em Roma em 1961.
Com 20 anos emigra para a Holanda onde se especializa em oboé barroco.
Em 1987 recebe o diploma de solista do Royal Conservatory of the Hague.
Já actuou um pouco por todo o mundo.
Europa, Estados Unidos da América, Japão, China, Israel e América do Sul foram alguns dos seus destinos. Actuou nestes locais como membro de alguns dos mais importantes ensembles barrocos.
Em 1989 fundou o ensemble Zefiro em conjunto com os irmãos, Paolo e Alberto Grazzi.
Em 1992 tornou-se professor de oboé barroco no Conservatório de Amsterdão, onde ainda lecciona.
Participou, até agora, em cerca de cem gravações, incluindo a obra de sua autoria "Apresentando os Concertos de Oboé de Vivaldi", galardoada com o prémio clássico de Cannes em 1995.
Em 1999 realizou, em conjunto com o ensemble Zefiro, um documentário sobre António Vivaldi.
Além de dirigir regularmente o Zefiro, é convidado com frequência a dirigir a "Orquestra Barroca da União Europeia" com a qual, a partir de Novembro deste ano, partirá em tornée por diversos países.
Efectuou também uma pesquisa histórica sobre os instrumentos de sopro, publicada em artigos de importantes revistas internacionais.