"Um dos melhores projectos de desenvolvimento regional
levado a cabo nos últimos anos", foi assim
que Santos Silva, Reitor da UBI, descreveu a concretização
de hoje, o primeiro dia da Licenciatura em Medicina na
UBI, no discurso que proferiu perante um auditório
cheio, no pólo que vai albergar provisoriamente
a Faculdade de Ciências da Saúde.
A licenciatura que funcionará com um modelo inovador
de ensino, apoiado nas novas tecnologias e numa componente
prática, agrada aos alunos que escolheram a UBI
para se tornarem médicos.
A possibilidade de iniciar o contacto com os pacientes
logo no primeiro ano da licenciatura, bem como o método
de ensino inovador levaram Miguel Rato, de Santarém,
a escolher a UBI como segunda hipótese. Como é
de Santarém, Miguel escolheu em primeiro lugar
Lisboa "Por ser mais perto de casa", disse.
Mas o facto de ter ingressado na UBI constituí
uma grande mais valia para a sua formação.
"O método de aprendizagem e avaliação
é melhor do que em outras faculdades", refere.
Através da apresentação da licenciatura
feita durante a parte da manhã, Miguel conclui
que o curso está estruturado de forma "espectacular"
Além do contacto contínuo que terão
com os pacientes, através dos protocolos de colaboração
com Hospitais e Centros de Saúde da região,
logo a partir do terceiro ano, "o que nos permite
encarar os doentes como pessoas e não como casos",
sublinha Miguel Rato, é também positiva
a "avaliação bidimensional que funcionará
entre alunos e docentes", defende. Na generalidade,
resume o estudante, "O formato do curso agrada e
vai permitir encarar de forma agradável o futuro".
Duas razões de peso que tornam esta licenciatura
diferente e inovadora, não só pela componente
de novas tecnologias com que os alunos vão trabalhar,
mas também, como explicou a directora do Gabinete
de Educação Médica, Montserrate Fonseca,
"pela integração entre todas as disciplinas,
quebrando as tradicionais fronteiras artificiais das disciplinas".
"O
médico do século XXI tem de saber relacionar-se
com as pessoas"
Além destas características, a Licenciatura
em Medicina sublinha a "compreensão da dimensão
ética do acto médico" e pretende dinamizar
a componente de "trabalho em equipa".
A formação contínua necessária
numa profissão ligada à saúde não
será esquecida. Nesse sentido, os alunos seguiram
um "modelo pedagógico orientado para a auto-aprendizagem".
Assim, o método será centrado no estudante
para que a "participação activa do
aluno permita um maior desenvolvimento das suas capacidades
de raciocínio, de auto-aprendizagem e de auto avaliação",
explica a Professora. "Uma prática para aprender
a enfrentar as situações quotidianas".
Montserrate Fonseca sublinhou o desafio que constitui
para todos, "alunos, docentes, universidade e região",
desafio esse cujo sucesso dependerá de todos os
que estão "envolvidos neste projecto".
A professora referiu ainda um aspecto particular na avaliação
que não se dirige exclusivamente aos alunos, mas
também "aos docentes, ao Gabinete de Educação
Médica e à instituição que
serão constantemente avaliados".
A investigação como formas de aprendizagem
continuada também não foi esquecida e encontra-se
já em preparação, como explicou Luís
Taborda, presidente do Departamento de Ciências
Médicas, "a área de investigação
e pesquisa inovadoras e de vanguarda de forma a responder
às necessidades da Saúde em Portugal".
A componente de investigação incidirá
em áreas básicas e clínicas como
a genética, a imunologia, as neurociências
e as funções cardiovasculares.
Mestrado em Imunologia Clínica já em
Outubro
Luís Taborda salientou ainda o ensino pós
graduado, cujo primeiro mestrado na UBI, em Imunologia
Clínica, começa já a 12 de Outubro.
"os médicos do século XXI têm
de saber relacionar-se com as pessoas", concluiu.
Jorge Perecheira, representante do ministro da Educação,
dirigiu-se também aos novos alunos de Medicina,
salientando este dia como o início de uma construção
para "garantir o direito à saúde e
à preservação desse bem através
do Estado". A instalação da Faculdade
de Ciências da Saúde contribui também
para "reduzir as assimetrias existentes entre Litoral
e Interior", representando esta nova licenciatura
um papel "polarizador e dinamizador no desenvolvimento
regional".
Jorge Perecheira dirigiu ainda uma palavra aos futuros
médicos, salientando a responsabilidade que está
nas suas mãos, uma vez que não devem esquecer
"os candidatos que por pouco ficaram de fora"
e deixou os votos para que "a curiosidade e inquietação
científica" nunca os abandone ao longo da
licenciatura e do exercício da profissão.
Os caloiros foram abençoados pelo Padre José
Geraldes que representou D. António dos Santos,
Bispo da Guarda e pelo Padre Luciano, capelão da
Universidade, através de uma oração
onde se pedia aos alunos humanidade, no futuro exercício
da profissão de médicos.
Estiveram presentes na cerimónia várias
entidades ligadas à área da saúde,
à educação, à UBI e à
região, entre os quais se encontrava Massano Cardoso,
representante do Conselho Regional da Ordem dos Médicos,
João Casteleiro, presidente da Comissão
Instaladora do centro Hospitalar da Cova da Beira, Alzira
Serrasqueiro, governadora Civil do Distrito de Castelo
Branco, e ex directora da Sub região de Saúde
de Castelo Branco, representantes de várias faculdades,
os Vice- Reitores da UBI, Luís Taborda, presidente
do Departamento de Ciências da Saúde, José
Miguel, presidente da Associação Académica
da UBI entre outros.
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