Por João Alves
NC/ Urbi et Orbi


Faltam três quilómetros para completar a estrada até Valhelhas

"Há mais de 80 anos que se fala nesta obra. A Câmara da Covilhã atendeu à importância da mesma. Pena que falte ainda fazer a parte da Guarda". Foi assim que o presidente da Junta de Freguesia do Sarzedo, José Rafael Ferreira, resumiu a inauguração dos três quilómetros do troço entre Sarzedo e Valhelhas, no sábado, 22. A obra, a cargo da autarquia covilhanense, custou 60 mil contos, mas está incompleta, já que os restantes três quilómetros, no distrito da Guarda, ainda são em terra batida. O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, valoriza a obra "como se fosse uma auto-estrada", mas deixa críticas a Maria do Carmo Borges. "Sensibilizámos a Câmara da Guarda para prosseguir até Valhelhas, mas tal não foi feito". Acusações refutadas pela autarca guardense, Maria do Carmo Borges que, contactada pelo NC, salienta que as coisas poderiam ter corrido de outra maneira. "Não houve contacto prévio entre as autarquias. Poderia ter-se candidato a estrada como inter-municipal e tudo seria mais fácil. Não foi feito, paciência. A obra será realizada, mas não este ano. No entanto, é uma das nossas prioridades", explica a autarca.
Para além desta obra, Carlos Pinto inaugurou, no sábado, a Casa Comunitária, a remodelação da sede social do Grupo Desportivo local, a remodelação da Igreja Matriz e o Centro de Dia. O total investido, segundo José Rafael Ferreira, foi de 120 mil contos. Na Igreja, o pároco local relembrou o facto da aldeia estar a ficar sem crianças, com Carlos Pinto a afirmar a intenção da autarquia em arranjar mais igrejas no concelho de modo a criar, daqui a quatro anos, um roteiro turístico que inverta a situação e leve as pessoas às aldeias. Pinto prometeu avançar com a construção da capela mortuária, que já tem terreno disponível, e dotar as freguesias do melhor possível de modo "a que possamos dar um salto qualitativo". Já no Centro de Dia, Pinto deixou críticas à Administração Central. "Esta casa está pronta, mas não funciona porque não se olha pelos idosos. Com o dinheiro gasto hoje num almoço (no Fundão), poderíamos abrir o Centro de Dia. A rede concelhia já está praticamente concluída". É que, segundo o presidente da Junta, falta apenas celebrar a convenção necessária com a Segurança Social para que possa funcionar, algo "que esperamos desde Dezembro de 2000. Já temos 15 inscrições para o Centro de Dia, bem como para apoio domiciliário, mas não podemos fazer nada", explica José Rafael Ferreira.
À noite, Carlos Pinto assinou o protocolo de Cedência da sede social do CCD Leões da Floresta.

Novo infantário no Canhoso

Já no domingo, 23, no Canhoso, Carlos Pinto inaugurou a ampliação da sede do Águias do Canhoso, a remodelação da Escola Primária, o pontão da Rua Nova, pavimentação de ruas, o Parque Infantil, o arranjo urbanístico da Ponte da Baiuca e o Jardim de Infância.
Esta última obra, candidatada ao abrigo da Intervenção Operacional Regional do Centro, custou 75 mil contos, e é uma estrutura totalmente nova, bem dotada de salas, cozinhas e espaços de lazer, com capacidade de 75 crianças, mas que apenas vai receber 25 este ano. O presidente da autarquia covilhanense salienta o investimento feito na educação e garante que das 40 escolas do concelho, apenas falta fazer obras em três, pelo que o parque escolar deverá estar recuperado até meados do ano 2002.
Quanto ao presidente da Junta de Freguesia, José Nunes, apesar da satisfação pela conclusão a destas obras, lembra que ainda falta fazer algumas coisas como o Centro de Dia e a estrada entre Canhoso e Vila do Carvalho. " Já é do tempo dos meus avós a necessidade desta ligação", explica José Nunes. Este troço deverá, ao que tudo indica, ser inaugurado em Outubro.