Escritura
pública assinada
Parkurbis abre portas à
Europa
No arranque oficial,
o Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã
promete transformar o concelho num pólo privilegiado
de desenvolvimento. Inovação é
a palavra de ordem para as 10 entidades que integram
a constituição da empresa Parkurbis.
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Por Sérgio
Felizardo
NC/Urbi et Orbi
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Está oficialmente
constituída, desde segunda-feira, 17, a Sociedade
Parkurbis, responsável pela instalação,
desenvolvimento, promoção e gestão
do futuro Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã.
A escritura pública da empresa é assinada
pelos 10 fundadores da Sociedade Anónima, constituída
com um capital social de dois milhões e 500 mil euros,
dos quais 80 por cento estão realizados e distribuídos
pelas seguintes entidades: Município da Covilhã
(um milhão 690 mil euros), IAPMEI - Instituto de
Apoio às PME's e ao Investimento (125 mil euros),
PT Comunicações, S.A. (50 mil euros), Universidade
da Beira Interior, Caixa Capital / Caixa Geral de Depósitos,
Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento,
ANIL - Associação Nacional dos Industriais
de Lanifícios e FRULACT - Sociedade Gestora de Participações
Sociais, S.A. (todos com 25 mil euros), e ainda a Associação
Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor e o
NERCAB - Associação Empresarial da Região
de Castelo Branco (ambas com cinco mil euros). Numa segunda
fase prevê-se a subscrição por parte
da Maconde - Confecções S.A. , Lispolis -
Associação para o Pólo Tecnológico
de Lisboa e a Fundação para a Ciência
e Tecnologia.
As actividades a promover pela recém-criada empresa
incluem-se nos domínios da investigação
e desenvolvimento tecnológico, na formação,
organização e preparação de
recursos humanos, concepção de projectos,
prestação de serviços de engenharia
e gestão, bem como na difusão e utilização
de tecnologias avançadas. Para a Câmara covilhanense,
que em parceria com a UBI se posiciona como principal impulsionadora
da estrutura, "este é um momento histórico
para o concelho e pode ter a mesma repercussão que
a primeira fábrica aqui instalada há 300 anos".
Carlos Pinto considera mesmo que a constituição
da Parkurbis "abre portas e caminhos para algo que
pode ter uma relevância imensa na remodelação
e requalificação da cidade". Depois da
afirmação ao nível da indústria
tradicional, o município quer apostar na inovação
e consolidar-se como um ponto essencial de ligação
cientifica e tecnológica entre o País e o
resto da Europa. "Temos vantagem em relação
ao Litoral, nesse aspecto, e mais teremos quando estiver
concluída a Auto-Estrada da Beira Interior, quando
virmos atendidas as reivindicações respeitantes
à auto-estrada para Coimbra e quando entrar em funcionamento
o Aeroporto da Covilhã", salienta Pinto. Esta
última obra é mesmo considerada "um instrumento
fundamental" e, revela o autarca, "terá
projecto apresentado até 15 de Novembro, já
com maqueta, planos para a zona envolvente e Plano de Pormenor
executado".
Director executivo dentro de dois meses
O presidente da Câmara espera agora, "para que
o processo se desenvolva e dê passos significativos
até ao final de 2001", que o Governo reconheça
a importância do Parque para o futuro da região.
Para já, Carlos Pinto assinala, pela negativa, a
ausência na cerimónia de assinatura da escritura
do ministro da Ciência e tecnologia, Mariano Gago.
Irónico, mas sem querer adiantar muitos comentários,
o autarca, salienta que, "provavelmente o ministro
deve ter a agenda muito cheia para participar numa cerimónia
que marca o arranque do quarto ou quinto projecto deste
género em Portugal".
Quem não faltou foram os representantes das entidades
que constituem a Sociedade Anónima e que, no Salão
Nobre da Câmara Municipal, ouviram Pinto explicar
alguns dos pormenores do Parque de Ciência, a instalar
na nova Zona Industrial do Tortosendo. A primeira fase compreende
a ocupação de cerca de 20 hectares, onde fica
o Núcleo Central, constituído pela sede da
Parkurbis, que engloba salas para iniciativas a nível
da incubação de empresas e estruturas de apoio.
"Tudo aquilo de onde vai irradiar e projectar-se a
empresa", clarifica Pinto. Em simultâneo, ergue-se
um hotel, com diversas áreas de apoio e, mais tarde,
surge outra zona de instalação de empresas
ou mesmo de estruturas universitárias, a norte da
linha de caminho de ferro, onde a edilidade está
a negociar perto de 300 hectares de terreno. O calendário
para a conclusão de todo o projecto ainda não
está definido, assim como a nomeação
do director executivo, que deverá demorar ainda dois
meses. Quanto a ideias inovadoras, Carlos Pinto assegura
que já existem e que uma delas até já
levou à assinatura de um protocolo de intenções
entre a autarquia e uma empresa estrangeira.
Quando o Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã
estiver concluído terá em funcionamento um
Centro de inovação Empresarial, espaços
para instalação de empresas de base tecnológica
/ nova geração, bem como para empresas de
serviços e apoio, Centro de incubação
de Ideias e Negócios, laboratórios, um auditório
com 150 lugares, área multiusos, parqueamento coberto
e de superfície e áreas verdes. Tudo disponível
para indústrias ligadas ao ambiente, telecomunicações,
tecnologias de informação, ciência e
tecnologia de novos materiais, aeronáutica e ramo
automóvel (componentes), tecnologias da saúde
e energéticas, informática / electrónica,
bioquímica, biofísica e para as indústrias
do papel, agro-alimentar e óptica.
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UBI
preside ao Conselho Científico e Tecnológico
À assinatura da escritura
pública de constituição da empresa
Parkurbis, realizada na segunda-feira, 17, seguiu-se
a primeira Assembleia geral par aprovação
dos corpos sociais.
A Assembleia Geral é presidida pela Fundação
Luso Americana para o Desenvolvimento e tem como vice
presidente a Associação Empresarial
da Covilhã, Belmonte e Penamacor e a FRULACT
a secretariar. O Conselho de Administração,
por sua vez, apresenta a Câmara Municipal da
Covilhã na presidência e o IAPMEI, a
Caixa Capital / Caixa Geral de Depósitos, a
PT e a ANIL, como vogais. A UBI preside ao Conselho
Cientifico e Tecnológico, onde será
acompanhada por outros membros ainda a designar. Finalmente,
no Conselho Fiscal a presidência está
entregue ao NERCAB, que tem como vogais as sociedades
Batista da Costa & Associados, Fontes Neves, Fonseca
e Associados, Sociedade de Advogados e António
José Alves da Silva como suplente.
A primeira reunião do Conselho de Administração
está agendada para o dia 15 de Outubro, segunda-feira.
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