De Helen Fielding

Por Ana Maria Fonseca


O romance, que marca a estreia da jornalista inglesa Helen Fielding na literatura, relata um ano na vida de Bridget Jones, uma mulher solteira, de trinta e poucos anos, que luta com todas as forças para emagrecer, encontrar um namorado, parar de beber e largar o vício do tabaco. Uma história aparentemente comum, mas narrada em estilo impecável e extrema sensibilidade. Numa demonstração de astúcia, a autora tira do quotidiano de uma mulher a matéria-prima para um memorável .livro.
Inteligente, sarcástico, hilário, actual. Estas são as características que fizeram dele um grande sucesso de vendas um pouco por todo o mundo.
O bom humor impressionante de Briget Jones, tal como os seus anseios e desventuras são aqui narrados a fundo, de forma bastante mais completa do que o que acontece com o filme.
Na maioria das vezes, o humor de Briget é usado para esconder sua fragilidade diante de problemas comuns, mas que nem por isso deixam de incomodar muito as mulheres e os homens.
Bridget trabalha numa editora, mora sozinha, é apaixonada pelo seu chefe, o seu melhor amigo é gay e cultiva o hábito de conversar com amigas que, em torno de uma mesa de bar, têm sempre soluções teóricas para todos os problemas.
Ela enfrenta uma luta desesperada contra o excesso de calorias, exaspera-se quando fuma mais do que as metas que estabeleceu e tenta não beber mais do que a conta.
Escrito em forma de diário, o livro faz do leitor uma espécie de cúmplice da protagonista: ele acompanha suas paixões e desilusões, testemunha as conquistas e frustrações dos amigos de Bridget, sempre com uma dose de humor insana.
Para quem gostou do filme, o livro é indispensável.