O
filme baseado no best seller homónimo
de Helen Fielding tornou-se, ele próprio,
um sucesso de bilheteira.
Talvez seja pelo seu carácter frugal
de abordar temas comuns às mulheres
(e homens) solteiros, na casa dos 30 e que
procuram não só uma companhia,
mas um romance.
Um cenário comum à geração
que agora passa pelos trinta, embrenhada
no culto da independência material,
mas dependente dos novos paradigmas e dos
velhos hábitos.
A protagonista encarna de forma hilariante
o tipo indeciso, carente e sonhador, criando
desde logo uma cumplicidade grande entre
as suas aventuras e o espectador.
Renée Zelweger desempenha um papel
difícil (teve de engordar quase 20
quilos e aprender o profundo sotaque londrino)
mas que lhe assenta como uma luva.
Todos os outros personagens representam
à sua volta e através dela.
Excepto um momento paralelo que envolve
a relação dos seus pais, todo
o enredo gira em torno de Briget, dos seus
problemas, dúvidas e loucuras.
Embora não totalmente fiel ao livro,
uma vez que lhe escapam muitos pormenores,
este filme corresponde 100 por cento à
busca de puro entretenimento.
Vale a pena ver pela boa disposição
que oferece.
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