Foram 30 as mulheres que já realizaram o diagnóstico
pré-natal através da telemedicina no Centro
Hospitalar da Cova da Beira, entre Dezembro de 2000 e
Setembro de 2001. O dado é avançado por
um dos membros da Comissão Instaladora daquela
unidade hospitalar, João Gomes, que salienta a
importância que este método tem na realização
de ecocardiografias fetais. "O esquema é o
de todas as quarta-feiras fazer a ligação
a Coimbra, caso seja possível. Mas sempre que haja
um caso mais urgente noutro dia da semana, fazemos também
a ligação" explica João Gomes.
Recorde-se que o diagnóstico através da
telemedicina arrancou em Dezembro do ano passado, evitando
assim grandes deslocações por parte dos
utentes a Coimbra, por vezes, apenas para efectuar um
simples exame. Através de um sistema de ligação
permanente assegurado pela PT Inovação,
os médicos da Covilhã realizam o exame que
aparece directamente no computador e também do
outro lado da linha, ou seja, em Coimbra, onde o cardiologista
Jorge Castela, coordenador desta consulta, pode ver o
que se passa no feto e trocar directamente impressões
com os médicos do Centro Hospitalar da Cova da
Beira. "À mínima dúvida, faz-se
a ligação ao doutor Jorge Castela. É
certo que aqui são poucas crianças e inclusive
só tivemos um caso mais complicado, que felizmente
foi resolvido. A criança foi nascer a Coimbra e
está bem de saúde" refere João
Gomes.
A possibilidade de efectuar consultas em Leiria, Lisboa,
Porto, Santa Maria da Feira e Madrid, apesar de ter sido
avançada aquando do início do serviço,
ainda não obteve sucesso completo devido a problemas
de software. Para além disso, o Centro Hospitalar
da Cova da Beira, há alguns meses atrás,
não conseguiu realizar a ligação
à Guarda, devido a problemas de linha da Telecom,
uma situação que foi ultrapassada.
Outras especialidades podem-se seguir
Outros dos problemas a resolver, não na Covilhã,
mas sim nos hospitais de Coimbra, prende-se com a necessidade
dos médicos se deslocarem a uma sala específica
criada para a telemedicina. "São hospitais
muito antigos, como o pediátrico, o que implica
naturalmente estes problemas técnicos. Esta deslocação
limita os médicos, devido à deslocação
e provoca alguns atrasos na consulta. Mas mais tarde ou
mais cedo penso que poderemos efectuar novas ligações"
explica João Gomes. As consultas, até ao
momento, são dadas na área da pediatria
e obstetrícia. Mas João Gomes pretende ver
alargado o rol de especialidades, tais como a radiologia,
dermatologia ou patologia clínica. " É
uma evolução necessária que vai ter
que se dar nos próximos tempos" explica João
Gomes.
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