Num discurso pautado pela referência à obra
realizada, o edil prometeu que "o progresso e o desenvolvimento
vão continuar a passar por aqui, e a Covilhã
vai continuar em frente". "Não fui nem
serei nas funções de presidente da Câmara
do partido A ou B. Nunca deixei nem me deixarei envolver
em guerras de direita ou de esquerda, apenas aceitarei
o único desígnio político nestas
funções: servir a Covilhã e o Concelho,
lutar pelos seus interesses, afirmar os nossos valores
e respeitar os que aqui vivem", sublinhou Carlos
Pinto.
Além da continuação das obras já
em curso, o edil falou nos projectos para o futuro desenvolvimento
da cidade. Preocupam-no as grandes infra-estruturas, mas
também "as nossas ruas e as nossas praças,
o abastecimento de água e a habitação
social, o emprego e as empresas, as escolas e os jardins
de infância, a Universidade e o novo desafio de
expansão para a área da saúde, as
novas estradas e a recuperação da zona histórica".
As suas prioridades prendem-se, no entanto, com "aqueles
que põem desafios à nossa consciência
social". Os mais idosos, as crianças e os
deficientes serão "o centro das atenções"
caso seja reeleito, garante Pinto. Outra das suas promessas
é a extensão dos benefícios do Cartão
do Idoso aos reformados e aos deficientes e, ainda, a
introdução de uma rede de transportes gratuitos
das crianças para as escolas.
Pinto diz ainda ter "falta de tempo" para polémicas
relacionadas com a campanha. "A minha única
disponibilidade é para tratar dos problemas da
Covilhã". "Sou candidato por mérito
próprio, e tenho uma ideia para a Covilhã
- projectos que sei que posso levar a cabo", acrescenta.
Durante o discurso o edil lembrou "a pressão
exercida sobre o Governo" na questão da auto-estrada
da Beira Interior, sublinhando a urgência de uma
auto-estrada que ligue a Covilhã a Coimbra. Sobre
esta matéria Carlos Pinto promete continuar a envidar
esforços para que o assunto não seja esquecido.
Ao Governo dirigiu duras críticas sobre os critérios
de aplicação dos fundos comunitários,
dizendo que "todos os dias chegam quatro milhões
de contos a Portugal vindos da Europa, e só são
aplicados em determinadas áreas". Assim, não
se conforma com "a discriminação da
Covilhã em termos políticos e administrativos,
e com a escassez de serviços na Covilhã,
serviços esses que existem em excesso em Coimbra
e Castelo Branco".
Do mesmo modo se refere ao número de habitantes
recenseados no concelho, 50 mil, mais do que , segundo
o publicado em Diário da República, Castelo
Branco, cujos números apontam para 48 mil habitantes
recenseados. Por este motivo, Carlos Pinto exige mais
financiamento. "A Covilhã merece compensações
pelo financiamento que não está a chegar",
defende.
A marcar a recandidatura de Carlos Pinto está também
o distanciamento visível relativamente ao seu partido,
o PSD. "Não conto com o partido a nível
distrital e a minha candidatura não é pelo
partido, nem quero falar sobre ele nestas eleições,
porque esta eleição é pelo concelho
da Covilhã, disse.
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