A vinda a público dos resultados dos exames e
da avaliação contínua dos estudantes
do 12º ano veio por em questão a qualidade
de ensino das escolas portuguesas.
No Interior os resultados não são brilhantes,
e há escolas que apresentam mesmo alguns dos piores
resultados do País, nomeadamente nas disciplinas
de Português B e Matemática.
Nas escolas públicas do distrito verificam-se na
globalidade, melhores resultados do que nas escolas privadas.
Tendo em conta as disciplinas de Matemática, Português
A e Português B, as escolas secundárias públicas
ocupam, em termos de resultados globais, os primeiros
lugares.
Na Covilhã, é uma escola privada que apresenta
os piores resultados. O Externato Nossa Senhora dos Remédios
realizou na primeira fase de exames 233 provas, nas quais
os alunos obtiveram uma média global de 9.39 valores.
A Escola Secundária Frei Heitor Pinto é
a que regista as melhores classificações
da cidade nas três disciplinas em destaque e o Externato
Nossa Senhora dos Remédios, os piores, exceptuando
a disciplina de Português A, onde a classificação
geral é mais alta do que a média global
da Secundária Campos Melo.
Em todo o Distrito de Castelo Branco é também
uma escola privada que apresenta as piores classificações.
Nos exames de Português A, as médias andaram
muito por baixo, contrastando com as classificações
finais. Se durante o ano os alunos registaram uma média
de 13.3 a esta disciplina, no exame os valores desceram
para 5.2, os mais baixos do Distrito.
A Matemática segue o mesmo modelo neste Externato
com uma média de 12.1 durante a frequência,
descendo para 2.4 nas provas nacionais.
As escolas que registaram melhores médias nas duas
disciplinas mais "críticas" foram a Escola
Secundária Nuno Álvares, em Castelo Branco
com 13.2 a Português A que subiu para 13.7 valores
no exame, seguida da Escola Secundária Frei Heitor
Pinto que registou uma média final de 11.7 e uma
média de exame de 13.1.
A Matemática, mantêm-se estas escolas urbanas
com melhores médias. A primeira com 12.8 que desceu
para 8.9 nas provas e a Secundária Frei Heitor
Pinto com 12 valores de média interna e 8.1 de
média de exame. Também a Secundária
Campos de Melo sofreu uma vertiginosa queda entre os valores
de frequência e a média do exame de Matemática.
De 12.3 desceu para 8 valores.
Alguns dos piores resultados a nível nacional
No exame de português B, no Externato Nossa Senhora
dos Remédios a média dos resultados foi
de 9.35, embora a média de classificação
final seja a mais alta das escolas da cidade: 13.78. Na
escola Secundária Frei Heitor Pinto a mesma média
ficou-se pelos 11.73. No entanto, a classificação
da prova subiu a média para os 12.29 valores.
Já a escola Secundária Campos Melo foi a
mais equilibrada. Se durante o ano os alunos obtiveram
uma média de 11.83 valores, no exame não
ultrapassaram os 11.51.
Nas restantes escolas do Distrito destaque para a escola
EB 2,3/S de Pedro da Fonseca, em Idanha-a Nova onde se
verificou a média mais alta: 13.4 valores na classificação
interna contra 12.7 nos exames nacionais.
Nesta disciplina os piores resultados do Distrito verificaram-se
na Escola Secundária Prof. Dr. António Faria
de Vasconcelos onde de uma média de 12 valores
de classificação interna, os alunos desceram
para um resultado global de 8.7 valores. Esta escola apresentou
nesta disciplina, um dos piores resultados do País
a par do Instituto Vaz Serra-Soc.
Ensino, Cult. e Recreio, da Sertã. Também
na Matemática este instituto apresentou uma das
piores médias nacionais, tal como o Externato
Nossa Sra. do Incenso, de Penamacor.
Comparando com o resto do país, o distrito
de Castelo Branco Branco não é, de facto,
brilhante em termos de resultados. As melhores médias
registaram-se, em termos gerais, em escolas do Litoral,
nomeadamente em Lisboa, no Porto e em Coimbra.
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