No dia 10 de Setembro, segunda-feira, pelas 16 horas,
vai ser assinado o contrato de empreitada de despoluição
das ribeiras da Goldra (Empresa Azinheiro - Sociedade
Construções, Lda.) e Carpinteira (Empresa
Serrasqueira & Filhos, Lda) no valor de 240 mil contos.
A decisão surge na sequência da reunião
de Câmara de sexta-feira, 3, na qual foram adjudicados
os trabalhos de limpeza daqueles cursos de água.
"Trata-se de fazermos o saneamento de todos os esgotos
que são lançados nas ribeiras e que passarão
a ser conduzidos directamente para as Estações
de Tratamento de Águas Residuais (ETAR's) da Covilhã",
sublinha Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal.
Ao longo dos cursos de água vão "nascer"
emissários que recolherão todos os esgotos
e que os encaminharão para as ETRA's da Boidobra
e da Várzea. Os da Goldra para a primeira, os da
Carpinteira para a segunda, em funcionamento, apenas,
em 2002. A água passará a ser pouca, mas
limpa. "É uma obra relativamente demorada",
sublinha Pinto, que depressa aponta Abril ou Maio de 2002
para estar pronta e o dia 10 de Setembro para a cerimónia
de inauguração.
Satisfeito com os projectos, o autarca afirma que "assim
a Covilhã fica com os esgotos completamente tratados
e acaba-se com a poluição do Zêzere".
"Fazendo nós este trabalho, sem qualquer dúvida
quanto às capacidades dos SMAS (Serviços
Municipalizados de Águas e Serviços), podemos
afirmar que, embora não estejemos em sistemas multimunicipais,
fomos capazes de lançar estas obras sem abdicar
da nossa autonomia quanto às questões de
água e saneamento", acrescenta.
Água mais barata que em Castelo Branco
Cerca de meio milhão de contos é quanto
abarca o conjunto das ETAR's da "cidade neve".
Candidatado ao Eixo III dos Fundos Comunitários
do Centro, Carlos Pinto espera ser comparticipado em,
pelo menos, 60 por cento. O projecto pretende "limpar"
a Covilhã e, ao mesmo tempo, "não depender
dos outros".
Sem pertencer à Águas do Zêzere e
Côa, empresa que faz a distribuição
de água e saneamento na região, o edil refere,
em tom irónico: "Neste momento temos o nosso
próprio projecto e não estamos dependentes
de ninguém. Temos uma autonomia que está
a dar fruto. Garantimos aos munícipes que irão
pagar menos do que os integrados no Sistema Multimunicipal".
Aliás, continua, "a Câmara e os SMAS
realizam o investimento previsto em prazo mais curto do
que estava previsto pela multimunicipal participada pelo
IPE - Águas de Portugal".
Mesmo com a construção dos emissários
e ETAR's, cujo projecto vai ser adjudicado no dia 10 de
Setembro de 2002, o presidente da Câmara tranquiliza
os covilhanenses e garante que "o previsto é
pagarmos menos que os associados da Águas do Zêzere
e Côa. E já estamos a pagar menos 40 por
cento". E remata: "Não conheço
obras da Águas neste propósito em nenhum
concelho. Afinal, nós andámos mais depressa
do que eles".
A construção de uma barragem na Serra da
Estrela para abastecer a cidade da Covilhã é
uma questão que ainda espera luz verde do Minsitério
do Ambiente. Após a falta de acordo em relação
a quem factura a água do município, resta
apenas a constituição de uma empresa entre
a Câmara Municipal, o IPE - Águas de Portugal,
a Águas do Zêzere e Côa e a Associação
de Municípios da Cova da Beira para o fazer. Mas,
mesmo assim o acordo foi efémero. Carlos Pinto
explica: " O IPE entendia que era o Sistema Multimunicipal
que devia facturar, mas nós não fomos nisso,
porque prejudicava as gentes da Covilhã".
Agora, ainda sem acordo possível entre os intervenientes,
mas com o projecto entregue há "muitos meses",
o edil refere que "o Ministério vai ter que
nos dar uma possibilidade de licenciamento para construção
da barragem". Mesmo assim, a Covilhã avança
"em força" na edificação
da rede de saneamento básico da Grande Covilhã.
O dia 10 de Setembro está já marcado para
a adjudicação do projecto da ETAR da Covilhã
composta pelas ETAR's da Boidobra, já em funcionamento,
da Ponte Pedrinha, em construção, e da Várzea,
em funcionamento em 2002.
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