Assegurar a permanência, "o mais cedo possível",
é a principal meta dos "verde-negros"
na campanha que se avizinha. Mas a tarefa, reconhecem
os responsáveis, "não vai ser fácil".
"Somos apenas amadores", refere João
Fortuna, director do Departamento de Futebol do clube.
"Quase todas as outras equipas são profissionais
e semi-profissionais. Por isso temos consciência
que nos espera uma etapa difícil". Tó
Real, treinador, partilha da opinião do director,
mas acredita no valor e nas qualidades do plantel que
formou. Por isso, está confiante numa boa época,
até porque, lembra, "o futebol é feito
de muitas surpresas, e esta equipa pode ser uma delas".
Alem disso, continua, "continuamos a ser as mesmas
pessoas. Vamos ter o mesmo carácter e temos a certeza
que a massa associativa vai estar connosco nos bons e
nos maus momentos". De qualquer modo, o escalão
nacional não é estranho a todos os elementos
do plantel uma vez que, quer Xinai (ex-Mileu), quer Caronho
(ex-Penamacorense), dois dos mais mediáticos reforços
do Teixoso, já têm alguma experiência
em épocas anteriores.
Orçamento de 20 mil contos
No que respeita às condições de trabalho,
Tó Real acredita estar em igualdade de circunstâncias
com os restantes clubes. O único lamento do técnico/jogador
prende-se com a actual situação do estádio
Maia Campos, uma vez que a direcção não
vai poder fazer as obras que estava a pensar em virtude
de desentendimentos com o proprietário do terreno.
"É uma questão na qual o clube e a
Câmara da Covilhã estão empenhados
em resolver, mas que encontra muita resistência
por parte da senhoria que, de cada vez que encontramos
uma solução, arranja um novo problema",
desabafa João Fortuna. O dirigente acredita, no
entanto, que as condições mínimas
"estão asseguradas" e pede a compreensão
dos atletas e dos sócios.
Outro revés com que o clube se deparou é
o facto de, ao contrário do previsto, a equipa
integrar a Série D em vez da Série C que,
usualmente acolhe os clubes a norte do concelho. O grupo,
onde já jogam os "distritais" Sertanense
e Vitória de Sernache, obriga os teixosenses a
viagens mais longas e, portanto, a um maior desgaste.
Uma desvantagem que acarreta mais encargos financeiros
para o clube e que vai inflaccionar o orçamento,
originalmente previsto de cerca de 20 mil contos.
Tó Real não esconde a sua preferência
pela Série C, mas nem por isso deixa de acreditar
num bom desempenho da sua equipa: "vamos à
procura de novos caminhos e novos rumos porque este clube
merece e porque estes atletas precisam de algo mais do
que o distrital".
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