Por Raquel Fragata


O concerto do passado sábado foi gravado e poderá ser incluído numa edição ao vivo que o artista está a preparar

Com oito músicos a acompanhar Rodrigo Leão na sua digressão, o público que no sábado, 23, esteve presente na sala do Teatro-Cine da Covilhã assistiu a um concerto rico de sonoridades, ambiências e sentimentos. Mas não foi apenas a música que encheu o palco e espaço envolvente, cadeiras e corredores. Também as luzes, os fumos, a presença de Ângela Silva, na voz, e do acordeão boémio de Celina da Piedade em "Tardes de Bolonha". Pedro Oliveira, ex-vocalista do Sétima Legião, à guitarra, Tiago Lopes no baixo e Luís San Pay na bateria acompanharam o violino de Viviena, a viola de Margarida Araújo e o violoncelo de Nelson Ferreira.
A escolha dos temas não foi linear mas antes projectou o percurso musical do autor, o início, o actual e um pouco do que se pode antever para o futuro. Rodrigo Leão entregou "Mysterium" e "Ave Mundi Luminar" a novas interpretações, resgatadas para a luz.
"A Espera" e "A Casa", em versão instrumental, foram momentos frescos e suaves, de musicalidade simples.
Do último álbum, "Alma Mater", para a interpretação ao vivo Leão escolheu "Alma Mater", "Imortal", "Pasíon", numa versão também instrumental, e "Dragão". Para além destes temas o alinhamento passou ainda por "Amatorius", "Mysterium", "Ruínas", "Carpe Diem", "Promise", "Nulla Vita", "Ave Mundi" e "Ascenção" de registos anteriores. Para o encore Rodrigo Leão guardou "Vita Brevis", de "Alma Mater", e repetiu "Mysterium" e "Dragão".
O concerto foi gravado e poderá ser incluído num CD ao vivo a editar.
Esta foi a segunda vez que Rodrigo Leão se apresentou ao público do Teatro-Cine da Covilhã, e não a primeira como o Urbi et Orbi divulgou na edição de 19 de Junho.