Mais de 250 pessoas encheram no sábado, 16, a
Igreja de Santa Maria, na Covilhã, para ver e ouvir
o concerto dirigido pelo maestro Luís Cipriano
e protagonizado pelo Coro dos Pequenos Cantores, Coro
Misto da Covilhã e Orquestra Sinfónica da
EPABI.
O programa incluiu obras de Mozart ("Missa Brevis
em Ré Menor", "Misericórdias Domini"
e "Te Deum") interpretadas pelo Coro Misto e
Orquestra, e uma composição da autoria de
Luís Cipriano ("Missa Brevis em Mi menor"),
com os Pequenos Cantores a juntarem-se ao Coro e aos músicos
da EPABI. A peça apresentada estará disponível
em CD na altura do Natal, juntamente com outra obra de
Cipriano ainda por compor. As gravações
decorreram na sexta-feira, 15, e no sábado e, segundo
o maestro, a composição que falta deverá
surgir em Setembro, para depois ser gravada em Outubro.
"Logo a seguir à apresentação
do "Requiem", de Mozart, agendada para o Dia
da Cidade, 20 de Outubro", confirma Cipriano. O Coro
dos Pequenos Cantores, promovido pela Câmara Municipal
da Covilhã estreia-se, assim, nas edições
discográficas e afirma-se, acredita o maestro,
como a garantia de que o Coro Misto vai, no futuro, poder
contar com uma "equipa de reservas" de grande
talento. Uma certeza partilhada pela vereadora da Cultura,
Maria do Rosário Pinto da Rocha: "Estas crianças
representam uma aposta forte da autarquia, na medida em
que, na Associação Cultural da Beira Interior
(ACBI), para além de aprenderem a cantar, estão
a aprender música". A Câmara vai, por
isso, assegura a vereadora, "continuar a cumprir
o protocolo celebrado com a ACBI, de forma a perpetuar
o sucesso destas iniciativas".
Sobre a recente polémica relacionada com a hipótese
de a Associação avançar para a abertura
de um novo Conservatório na cidade nem uma palavra.
Mas, Luís Cipriano, no entanto, garante que a ideia
não está posta de lado e adianta: "Já
falei pelo telefone com o presidente da autarquia, Carlos
Pinto, esclarecemos alguns mal-entendidos e, nesse sentido,
vamos ter uma reunião em breve". Os estudos
económicos de viabilidade do projecto vão,
por isso, continuar. O maestro e presidente da ACBI crê
num possível apoio camarário, mas revela-se
disposto, caso seja viável, a abrir só com
meios próprios. "Uma coisa é certa,
o novo Conservatório poderá estar de portas
abertas em Setembro do ano 2002".
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