Durante o Dia Municipal dedicado à Habitação,
8 de Junho, o Hotel Turismo da Covilhã recebeu
uma série de palestras sobre vários temas
relacionados com a reabilitação e condições
de habitação da população
do município. Pedro Flávio Martins, arquitecto
da Câmara Municipal da Covilhã, apresentou
na sexta feira, no Auditório das Sessões
Solenes daquele Hotel, o projecto do Gabinete Técnico
Local (GTL) na cidade da Covilhã. Um projecto que
visa melhorar as zonas degradadas da Covilhã, melhorando
a qualidade de vida dos cidadãos.
A procura de melhores áreas habitacionais, facilidade
de estacionamento ou uma oferta maior de serviços
faz com que as pessoas da Covilhã estejam a dirigir-se
cada vez mais para o novo foco urbanístico que
nasce na parte baixa da cidade. Esta situação
tem como consequência o abandono da parte antiga,
o que leva a que esta se degrade. Pedro Flávio
defende que é necessária uma rápida
intervenção para remodelar esta zona. Para
resolver este problema foi criado o Gabinete Técnico
Local. O GTL faz parte do amplo processo de gestão
urbanística em curso na Covilhã, visando
a preservação de imóveis em conjunto
urbanísticos. "Este gabinete contará
com um grupo de pessoas, especializadas, desde arquitectos,
engenheiros civis, economistas, urbanistas e um grupo
de pessoas responsáveis por cada área da
Covilhã", explica Pedro Flávio.
O GTL deverá arrancar até ao final do ano
e ficará situado na Rua Rui Faleiro.
Zona a intervir já está definida
Este gabinete já tem definidas as zonas de intervenção
que darão preferencia à zona histórica
da cidade: Portas do Sol e Bairro da Judiaria e zona de
transição entre estes dois conjuntos. "Esta
é uma das zonas que mais caracteriza a cidade e
onde se concentram alguns dos mais importantes monumentos,
como as igrejas de Santa Maria ou a de São Tiago.
Nesta zona encontra-se ainda comércio tradicional
e instituições de carácter social,
cultural ou desportivo", explica Pedro Flávio.
Com uma população residente de seis mil
habitantes, são muitas as carências a colmatar
na melhoria da sua qualidade de vida. "É uma
população envelhecida, com vários
tipos de carências. A revitalização
será ao mesmo tempo uma forma de atrair mais jovens
para esta zona, dando uma nova vida ao coração
da cidade", comenta Pedro Flávio. Os edifícios
a intervir pelo GTL encontram-se em avançado estado
de degradação e estão situados em
locais de muito difícil acesso, quer para peões,
quer para trânsito, pois o pavimento está
em muito mau estado e as ruas não têm passeios.
"Todas estas zonas têm um valor muito importante,
devido ao peso e particularidades culturais, da vivência
das pessoas e é sempre melindroso mexer nestas
áreas. Tudo tem que ser muito bem pensado e muito
bem controlado", defende. "Até agora
foi feita a recuperação de uma casa ou outra,
mas sempre em locais distintos. Ainda não se procedeu
à intervenção exaustiva de uma área",
conclui. O objectivo é que toda a área degrada
seja reabilitada.
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