António Sousa recebe o troféu das mãos de Carlos Silva

Classificações

Seniores Masculinos: 1º - António Sousa (individual), 2º - Paulo Gonçalves (individual), 3º - Alex Aguiar (Casa do Povo do Ferro)
Equipas: 1º - Casa do Povo do Ferro

Seniores Femininos: 1º - Lisdália Nunes (Veteranos do Teixoso)

Veteranos I: 1º - Bernardino Costa, 2º - Luís Costa, 3º - João Fonseca
Veteranos II: 1º - António Real, 2º - António Henriques, 3º - Seferino Costa
Veteranos III: 1º - Adão Reis, 2º - José Elvas, 3º - Joaquim Almeida
Equipas I, II, III e IV: 1º - CS S. Vicente da Beira, 2º - Vila Nova de Paiva, 3º CP Mangualde

Infantis Masculinos: 1º - Tiago Rato, 2º - António Costa, 3º - Daniel Nogueira
Equipas: 1º - CP Mangualde, 2º - GD Mata, 3º - JF Teixoso

Infantis Femininos: 1º - Joana Costa, 2º - Nadia Penedo, 3º -Catia Teixeira
Equipas: 1º - CP Mangualde, 2º - EB Ribeiro Sanches, 3º - GIR Rodrigo A

Iniciados Masculinos: 1º - Miguel Filipe, 2º - Cândido Henriques, 3º -Tiago Patrício
Equipas: 1º - Associação Cansado, 2º - EB Ribeiro Sanches, 3º - Sarzedense

Infantis Femininos: 1º - Susana Silva, 2º - Joana Pereira, 3º - Andreia Leal
Equipas: 1º - Peroviseu

Juvenis Masculinos: 1º - Bruno Esteves, 2º - Rui Esteves, 3º - João Alexandrino
Equipas: 1º - CP Mangualde, 2º - GD Mata, 3º - GCA Donas

Juvenis Femininos: 1º - Sara Salvado, 2º - Raquel Cordeiro, 3º - Guida Robalo
Equipas: 1º - EB Ribeiro Sanches
IV Meia Maratona "Cidade da Covilhã"
Calor Intenso motiva desistências

Um calor intenso e um percurso mais difícil do que se previa levam à desistência de alguns candidatos à vitória. António Sousa vence após dois terceiros lugares nas últimas edições

Por Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi

À terceira foi de vez. Após duas terceiras posições nas últimas edições da Meia-Maratona "Cidade da Covilhã", António Sousa arrebatou o primeiro prémio da prova. O atleta cortou a meta no primeiro lugar com o tempo de 1 hora, 11 minutos e 11 segundos. No segundo posto classificou-se o covilhanense Paulo Gonçalves, com mais cinco segundos, após uma exemplar recuperação na ponta final da prova. Um esforço que afectou fisicamente o serrano, que perdeu, momentaneamente os sentidos logo a seguir a cortar a meta.
Gonçalves não foi, aliás, o único a necessitar de assistência. Numa manhã marcada por um Sol abrasador, foram vários os que sucumbiram ao calor e à exigência do percurso. Ainda não estavam cumpridos cinco quilómetros quando se registou a primeira baixa. Aires de Sousa, vencedor da última edição, desiste quando disputa as primeiras posições num grupo de cinco atletas que cedo se isolaram do pelotão principal. Poucos quilómetros adiante, na entrada do Canhoso, é João Serralheiro quem se deixa vencer pelas altas temperaturas e abandona a prova, quando também segue em posição privilegiada. Mas as desistências forçadas não se ficam por aqui e, ainda antes da saída do Canhoso, António Morgado, do Verde e Amarelo, dá por terminada a sua prestação pelos mesmos motivos. A corrida passa, então, a ser disputada a três. António Sousa, no entanto, começa a ganhar tempo e espaço para os seus mais directos adversários, Jorge Pinto (segundo) e Paulo Gonçalves (terceiro). Nos últimos cinco quilómetros Gonçalves aumenta o ritmo, ultrapassa o segundo corredor, mas já não consegue alcançar Sousa.

Percurso continua difícil

No final dos mais de 21 mil metros de traçado, António Sousa era um homem feliz mas visivelmente cansado. O atleta considera que o calor prejudicou a prova e levou à desistência de alguns companheiros, mas aponta ainda outros factores: "Este novo percurso não é tão fácil como se dizia. Muito pelo contrário. As subidas são sinuosas e as descidas mais íngremes". Este factor, mais que o intenso calor que se fez sentir na manhã de domingo, 27, é também apontado por Carlos Silva, presidente do Académico dos Penedos Altos (APA). "Criou-se a falsa expectativa de que este percurso seria mais acessível que o das edições anteriores. Por isso, os atletas que vieram para ganhar aproveitaram para atacar a prova logo de início e pagaram caro essa estratégia". O traçado foi mesmo o factor mais criticado, naquela que foi a mais participada edição de sempre (cerca de 500 atletas). O ideal, defende António Sousa, "seria diminuir o percurso e substituir a Meia-Maratona por um grande prémio com, não mais que 10 mil metros". Uma medida que, acredita, beneficia toda a gente, "quer os que vêm para ganhar, quer os que correm apenas por recreio".
Questionado sobre a edição do próximo ano, a última que, segundo o protocolo assinado com o INATEL, contempla a organização da Meia-Maratona pelo APA, o dirigente não muda o discurso. Admite a possibilidade de um prolongamento do protocolo, mas promete "não fazer birras" se o testemunho for passado a outra associação. De qualquer maneira, acrescenta, "já demos um contributo enorme a esta prova e já deixámos o nosso cunho. Homologámos a prova para os nacionais, o que nos obriga a ter, em 2002, a ter inscritos seis atletas de craveira internacional".