Estruturas
de apoio
O
curso é apoiado por uma estrutura
de Laboratórios de Departamento de
Engenharia Electromecânica, entre
os quais se destacam:
- Laboratório de Mecânica dos
Fluídos e Turbomáquinas,
- Laboratório de Termodinâmica
Aplicada e Energética,
- Laboratório de Máquinas
Eléctricas e Electrónica de
Potência,
- Laboratório de Materiais,
- Laboratório de Mecânica dos
Sólidos,
- Laboratório de Mecânica Aplicada,
- Laboratório de Automação
e Robótica e
- Laboratório de Instrumentação
e Medidas.
A Biblioteca e o Centro de Informática
são outras estruturas do suporte
à licenciatura.
Estrutura
curricular
-
Duração normal do curso: 5
anos lectivos
-
Áreas científicas do curso:
a)
Mecânica e Termodinâmica;
b) Informática, Automação
e Controlo;
c) Electrotecnia e Electrónica.
- Nº. total de unidades de crédito
necessárias à concessão
do grau: 175
-
Áreas científicas e distribuição
das unidades de crédito:
-
Áreas científicas obrigatórias:
a)
Matemática - 21
b) Física e Química - 14
c) Electrotecnia e Electrónica -
14
d) Mecânica e Termodinâmica
- 87
e) Informática, Automação
e Controlo - 21
h) Economia e Gestão - 6,5
-
Projecto:
Créditos:
11,5
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A Licenciatura
em Engenharia Mecânica Ramo Automóvel aparece
em 1998 na tentativa de expandir o campo de acção
da Engenharia de Electromecânica. Para abrir o leque
de opções e contrariar a tendência decrescente
do número de alunos, decidiu-se criar duas novas
licenciaturas: Engenharia Mecânica Ramo Automóvel
e a Engenharia Electrotécnica. São dois cursos
de banda mais estreita do que a Licenciatura mãe
que engloba, como o próprio nome indica, a vertente
eléctrica e mecânica.
Engenharia Mecânica é ainda um curso recente,
mas prepara-se para se afirmar como uma Engenharia com grande
qualidade no quadro nacional. Esta é para já
a percepção que os responsáveis têm
da avaliação da Comissão Externa, que
visitou recentemente a UBI. Uma boa imagem levaram os membros
da Comissão de Avaliação Externa (CAE)
da estrutura curricular da Licenciatura e dos meios técnicos
e laboratoriais existentes no Departamento de Engenharia
Electromecânica, no qual está integrada a Mecânica
Ramo Automóvel.
A estrutura curricular consiste no ensino das engenharias
e das ciências exactas nos primeiros dois anos, e
parte do terceiro e quarto. Nos três últimos
anos os alunos começam a trabalhar sobre matérias
mais específicas.
Apesar de contestada a composição dos dois
primeiros anos, Paulo Oliveira considera ser esta a base
essencial para a formação dos alunos, mas
no entanto indicia que em breve uma restruturação
dos programas destas disciplinas, como são a matemática,
álgebra e análise, pode vir a ocorrer. A alteração
prende-se com a necessidade de adaptação dos
conteúdos programáticos das disciplinas base
à área da mecânica. Essa reformulação
poderá ser feita através da substituição
dos docentes, pondo os professores do curso a orientar essas
disciplinas, ou até fornecendo uma especialização
aos docentes das outras Unidades Científico Pedagógicas
para ensinar estes alunos com as especificidades que a sua
esfera de acção obriga.
Uma das funções que pode ocupar o engenheiro
mecânico é a de supervisor dos grandes concessionários
automóveis, exercício que agora impõem
a qualificação superior. Pode trabalhar numa
oficina, para uma empresa no desenho de componentes, na
área da manutenção e motores ou mesmo
na direcção destas empresas, dada a preparação
que também é dada das ciências sociais
e humanas, como são a Organização e
Gestão de Empresas, Planeamento e Produção
ou a Economia Europeia. Este é um elemento que enriquece
o currículo destes licenciados.
Projecto final
avalia conhecimentos
Em 2002/2003
funcionará pela primeira vez o quinto ano curricular
e a disciplina de Projecto 1 e 2. Esta é um disciplina
especificamente voltada para questões relacionadas
com automóveis, vertendo sobre ela todos os elementos
da aprendizagem realizada nas ciências básicas
e aplicadas leccionadas ao longo do curso. Irá assim
corresponder a um projecto de fim de curso: a criação
de uma peça mecânica. Aliás esta foi
uma das sugestões da Comissão de Avaliação
Externa, que pretende ver desenvolvidos projectos experimentais
com cariz global aplicando todos os conhecimentos adquiridos.
A melhor fórmula de funcionamento do Projecto ainda
está a ser estudada e deverá ser, pelo que
indiciam as discussões levadas a cabo nas reuniões
departamentais, um trabalho conjunto com docentes de outras
Licenciaturas do Departamento. A ideia é que, supervisionado
pelo docente regente da disciplina, surge uma listagem de
planos de trabalho propostos por vários docentes
e que seja permitido aos alunos escolher um dos projectos
passando a trabalhar com o docente, a quem caberá
a orientação do trabalho. Para tal, os docentes
encontram-se a estudar a melhor forma de combinar a aprendizagem
curricular com o exercício real da profissão
destes engenheiros. O objectivo primordial do projecto não
é tanto a inovação mas antes a consolidação
do que já foi aprendido. "É uma forma
de os alunos verem como trabalha um engenheiro na prática.
Na maior parte dos casos não é inovador, mas
ficam a aprender como é que se faz um projecto, como
se reúnem as várias disciplinas para obter
o produto final", explica Paulo Oliveira, director
da Licenciatura.
"Uma das grandes preocupações
que temos é a de nos ligarmos ao tecido empresarial
da região", adianta o director da Licenciatura.
Esta ligação poderá passar, e essa
é na opinião dos responsáveis a solução
ideal, por operar com a indústria automóvel
nos projectos a desenvolver, tendo em vista a sua aplicação
numa das empresas da região.
A interdisciplinaridade
e a complementaridade das Licenciaturas de Engenharia é
também um factor a explorar pelos responsáveis
do curso de Mecânica, com a colaboração
de docentes exteriores à Licenciatura a ministrarem
disciplinas da sua área de acção.
O ensino ministrado é muito prático e utiliza
grande parte dos laboratórios existentes no Departamento.
Presentemente alguns alunos e docentes de Mecânica
encontram-se envolvidos no projecto multi-disciplinar para
construir um protótipo automobilizado (o UBIcar)
de baixo consumo que irá correr nas pistas da Shell
Eco-Marathon. Este é o projecto que está a
ser traçado com alunos e professores de diversos
cursos da UBI, cada um operando na sua área de excelência.
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