Estruturas
de apoio
Actualmente
o Departamento de Engenharia Civil dispõe
de instalações laboratoriais
de qualidade adaptadas à prática
do ensino, da investigação científica
e desenvolvimento tecnológico e da
prestação de serviços
especializados à Comunidade exterior.
A área ocupada pelos Laboratórios
é superior a 3.400 m2 e estes possuem
modernos equipamentos de ensino e investigação.
Os Laboratórios existentes actualmente
no Departamento são os seguintes:
Laboratórios
de Construção: Betão
e Materiais, Patologia e Conservação
de Edifícios, Física das Construções,
Sala de Exposição de Materiais,
Topografia e Desenho Assistido por Computador,
Mecânica dos Pavimentos
Laboratórios
de Geotecnia: Mineralogia, Petrologia e
Geologia, Fotogeologia e Detecção
Remota, Prospecção Mecânica
e Hidrogeologia, Geofísica, Mecânica
dos Solos, Mecânica das Rochas, Geotecnia
Ambiental
Laboratórios
de Mecânica e Estruturas: Resistência
de Materiais, Análise de Estruturas,
Técnicas Experimentais em Estruturas
Laboratórios
de Hidraúlica e Saneamento: Hidráulica
Fluvial, Hidráulica das Estruturas,
Saneamento Ambiental
Laboratórios de Planeamento e Urbanismo:
Informática, Análise e Modelação
Existem
ainda salas de Informática, salas
de Desenho, sala de Projecto e sala de Apoio
aos Alunos.
Estrutura
curricular
Duração
normal do curso: 5 anos lectivos
-
Áreas científicas do curso:
a)
Mecânica e Estruturas;
b) Geotécnica e Hidráulica;
c) Construção e Arquitectura;
d) Planeamento e Urbanismo.
- Nº. total de unidades de crédito
necessárias à concessão
do grau: 170
-
Áreas científicas e distribuição
das unidades de crédito:
-
Áreas científicas obrigatórias:
a)
Matemática - 28
b) Informática - 9
c) Física e Química - 14,5
d) Mecânica e Estruturas - 26
e) Geotécnica e Hidráulica
- 17
f) Construção e Arquitectura
- 27
g) Planeamento e Urbanismo - 28,5
h) Economia e Sociologia - 8
-
Áreas científicas optativas:
a)
Geotécnica e Hidráulica -
5
b) Construção e Arquitectura
- 5
c) Planeamento e Urbanismo - 5
-
Projecto:
Créditos:
7
Total
mínimo de créditos necessários
à inscrição no 3º
Ano curricular do plano de estudos:
Créditos:
52
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Em 1988, a UBI abriu as suas portas à Licenciatura
de Engenharia Civil. Em 1993 entraram para o mercado de
trabalho os primeiros engenheiros. Feitas as contas, hoje
o Departamento de Engenharia Civil (DEC) vê o seu
empenhamento reconhecido quer pela rápida integração
dos seus alunos em empresas de renome no mercado, quer
pela avaliação bastante positiva da Ordem
dos Engenheiros.
A consequente acreditação, fez com que os
responsáveis pelo DEC se preocupassem em ministrar
um ensino sempre adaptado às exigências actuais
do mercado. "Queremos consolidar conhecimentos e
estar sempre a par das situações mais evoluídas",
explica Luís Ferreira Gomes, presidente do Departamento
de Engenharia Civil.
Actualmente ingressam 100 alunos por ano, preenchendo
as vagas disponíveis. No próximo ano lectivo,
os candidatos poderão também concorrer com
as específicas de matemática e geometria
descritiva.
Pedro Silva, presidente do núcleo de estudantes
de engenharia civil, e finalista da Licenciatura, não
tem dúvidas quanto ao futuro: "o mercado de
trabalho é bastante favorável", comenta.
Para este futuro engenheiro, estudar na UBI é uma
mais valia:" a UBI oferece-nos uma componente prática
muito vasta, por exemplo Estaleiros enquanto cadeira,
é fundamental porque nos dá uma percepção
da obra, e de como a dimensionar", salienta Pedro
Silva.
"Fazemos com que os alunos sujem as mãos"
O primeiro e o segundo ano desta Licenciatura, têm
uma forte componente nas áreas da matemática
e da física :"são as disciplinas básicas,
o tronco do curso, onde se usa o lápis e o papel",
comenta Ferreira Gomes. No entanto, há uma componente
prática bastante acentuada. É logo no primeiro
ano que os estudantes de Engenharia Civil aprendem a fazer
trabalhos de campo. A disciplina de Topografia é
um dos exemplos, onde os alunos fazem uso das mesmas técnicas
e aparelhos que utilizariam numa obra real.
Apreender as características dos materiais para
os conhecer e saber avaliar a sua resistência é
também o objectivo de Materiais de Construção
e Resistência dos Materiais, duas disciplinas do
terceiro ano. Aqui, aprendem a fazer argamassas, armaduras,
vigotas, vigas de betão armado, de uma maneira
geral, a realizar experiências de compressão
e tracção do betão. Deste modo, os
alunos consolidam os conhecimentos que adquirem nas aulas
teóricas, "Fazemos com que os alunos sujem
as mãos!", salienta Ferreira Gomes.
Em Mecânica dos Solos, para além das aulas
teórico-práticas, existe um conjunto de
aulas laboratoriais onde se ensina desde o início
a realizar testes e ensaios de terraplanagens. Assim,
os alunos "confrontam-se com situações
próximas da realidade, como se estivessem num estaleiro,
numa obra, ou a fazer uma estrada", refere o docente.
"Há uma interacção entre
o DEC e a comunidade"
A intervenção do DEC, estende-se para além
das portas da UBI. De facto, existe uma interacção
entre os docentes, que são frequentemente contactados
para realizar estudos quer na região da Beira Interior,
quer em empresas nacionais, públicas e privadas.
Na Covilhã, por exemplo, sob o ponto de vista geotécnico,
existem preocupações no sentido de detectar
possíveis zonas de risco dada a instabilidade das
encostas. De facto, como explica Ferreira Gomes :"é
uma cidade com características particulares, que
cresceu junto às linhas de água, uma vez
que as fábricas precisavam de água corrente.
Isso atraiu a construção de casas em zonas
que podem ser instáveis".
Também os alunos, sobretudo os finalistas, participam
neste tipo de estudos e projectos. Em Patologia dos Edifícios,
uma disciplina do 5º ano, criaram-se vários
grupos de trabalho, onde os estudantes analisaram alguns
edifícios degradados. O resultado teve um balanço
bastante positivo, com um amplo leque de soluções
propostas à Câmara Municipal.
Preocupações ambientais
Optimizar os materiais de construção e
diminuir a poluição ambiental, é
um dos objectivos dos docentes desta Licenciatura. Nesse
sentido, estão em curso alguns projectos de investigação,
onde se pretende substituir parte da composição
de alguns materiais, tornando-os mais resistentes e menos
poluentes.
Castro Gomes, por exemplo, integra um projecto de investigação
onde se pretende substituir 10 por cento do cimento no
fabrico do betão, por cinzas de casca de arroz.
Segundo os investigadores deste projecto, esta substituição
de materiais permitirá diminuir quer os gastos
energéticos, quer a emissão de dióxido
de carbono.
Também Ferreira Gomes em parceria com uma indústria
têxtil, está a desenvolver um projecto com
preocupações ambientais. Como substituto
no reforço de terrenos pretendem criar um material
a partir da simples recolha de garrafas de água,
elemento menos poluente e mais durável.
Projectos de Investigação pioneiros
em Portugal
Com uma área superior a três mil e 400 metros
quadrados , os laboratórios dispõem de equipamentos
tecnológicos modernos, que se destinam às
cinco áreas cientificas da Licenciatura:
Construção, Geotecnia, Mecânica e
Estruturas, Planeamento e Urbanismo, e Hidráulica
e Saneamento.
Para além de oferecer aos alunos equipamentos para
a realização de experiências, permite
aos docentes e investigadores desenvolver projectos ambiciosos.
No laboratório de Hidráulica e Saneamento,
destaca-se um projecto de investigação pioneiro
em Portugal: , "Modelação Matemática
da Evolução Morfológica de Rios e
Aluvionares". Sob a orientação de Heleno
Cardoso, investigador chefe, e de Bento Leal, investigador
no terreno, o projecto pretende tornar operacional um
tanque, onde se simulará o leito e um caudal constante
a circular. O objectivo é:" quantificar qual
vai ser a erosão de um elemento colocado no meio
do rio, que poderá ser um pilar", explica
Cristina Fael, docente integrada no projecto. Pretende-se
quantificar em termos matemáticos a erosão
provocada pelos sedimentos arrastados pelo caudal.
Este é um dos exemplos da evolução
da investigação cientifica e académica
em Portugal, que fazem os docentes sentir-se cada vez
mais ao mesmo nível das universidades estrangeiras
"Hoje em dia, há congressos internacionais,
onde se trocam conhecimentos. Estamos numa Universidade,
e a Universidade é Universal", concluí
Ferreira Gomes.
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