"É pena que
as pessoas não saibam aproveitar oportunidades destas",
diz Marisa Miranda, presidente do UBIMedia, decepcionada
com a pouca adesão dos alunos à conferência
subordinada ao tema "Preparar para o mercado de trabalho".
Ainda assim a presidente considera que, de uma forma geral,
a conferência realizada no dia 23 de Maio cumpriu
os objectivos. "Demos aos alunos a possibilidade de
acederem a uma informação que considero uma
mais valia", salienta.
RP, um trabalho feito na sombra
Durante a manhã, Graça Castelo Branco, coordenadora
do Gabinete de Relações Públicas
da UBI, abordou os temas relações públicas
e protocolo.
Ser relações públicas é uma
profissão que exige saber estar, uma grande capacidade
de adaptação e uma preparação
para lidar com todo o tipo de situações,
refere. "O relações públicas
deve saber ocupar o seu lugar. A grande maioria das vezes,
o trabalho é feito na sombra", diz a coordenadora.
"A sua função não é ganhar
realce. A palavra chave é ser discreto, até
mesmo nas roupas. Devemos preocupar-nos com a qualidade
mas sem cair em ostentação", salienta
Graça Castelo Branco.
A coordenadora do Gabinete de Relações Públicas
fez ainda uma abordagem geral ao protocolo. "Há
a ideia de que o protocolo é muito complicado mas
tem justamente como objectivo facilitar a vida" na
medida em que estabelecem certos princípios de
acção, permitindo às pessoas saberem
como agir em determinadas situações.
Graça Castelo Branco deu exemplos concretos de
aplicação, nomeadamente a forma correcta
de escrever ou endereçar cartas a diversas entidades,
a posição correcta de hierarquizar as pessoas
numa mesa de conferência, a posição
das bandeiras nos estandartes ou o tipo de roupa e calçado
a usar em determinadas circunstâncias.
Carta de apresentação e currículo
À tarde, Rogério Palmeira e Manuela Afonso,
do Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais
da UBI, mostraram como redigir uma carta de apresentação
e um curriculum vitae.
Apresentaram vários modelos, que embora "não
sejam a receita ideal, são ideias que podem ajudar
a elaborá-los", diz Manuela Afonso.
A carta de apresentação deve ser simples,
breve e escrita à mão. Como o nome indica,
é uma apresentação do candidato às
entidades empregadores. Deve ser verdadeira e original,
referindo dados como por exemplo as razões pelas
quais o candidato se julga apto para o lugar em questão.
Podem ser feitas referências a características
pessoais como capacidade de trabalho em grupo, organização,
facilidade de adaptação a novas situações
e criatividade. Deve fazer-se acompanhar do currículo.
O currículo é o resumo dos dados pessoais,
da formação, experiência profissional
e actividades não profissionais. Serve para dar
a conhecer um pouco do candidato, para despertar a curiosidade
do empregador de forma a que queira conhecer a pessoa
e lhe proporcione uma entrevista. O currículo deve
ser dactilografado e não deve ser muito extenso.
Primeiras impressões são importantes
A entrevista é uma situação em que
há oportunidade de troca de informação
entre candidato e empregador. É a fase que se segue
ao envio da carta de apresentação e do currículo.
O objectivo do candidato é "vender os seus
serviços, fazer valer as competências e convencer
o empregador a admiti-lo". Para o empregador, o objectivo
é confirmar ou não a impressão com
que ficou depois de ler a carta de apresentação
e o currículo.
Segundo Manuela Afonso, o candidato deve preparar-se para
dar a melhor impressão de si próprio. "Com
uma preparação prévia corre melhor",
salienta. Esta preparação passa por aspectos
tão diversos como a recolha de informação
sobre a empresa e o cargo a que se candidata ou aspectos
de ordem pessoal como apresentação física
cuidada, simpatia ou pontualidade.
"As primeiras impressões são muito
importantes. Não devemos mostrar ser aquilo que
não somos", disse Rogério Palmeira.
Num cenário menos favorável, os responsáveis
do GESP dão um conselho, "é preciso
saber avaliar o que correu bem e mal. Aprender com a experiência
e tentar melhorar a prestação anterior".
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