Luís Cassapo, coordenador cultural da Delegação
da Covilhã da INATEL - Instituto Nacional para
o Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores,
destaca desta décima edição da Semana
do Cinema Europeu a presença do realizador João
Canijo e da actriz Rita Blanco e a organização
do workshop de Iniciação à Realização
de Filmes como os momentos que captaram mais atenção
do público covilhanense. "O workshop foi um
êxito. Durante 10 dias José Nascimento orientou,
e os alunos portaram-se de uma forma excelente."
Quanto às exibições de filmes "à
partida não houve um aumento significativo de espectadores,
tal como esperaríamos". Cerca de 60 pessoas
por dia foram espectadores do Cine Centro da Covilhã,
onde foram exibidos cerca de 20 filmes em sete dias. "Os
nossos objectivos, que vêm desde há alguns
anos atrás, mantêm-se. Todos os anos há,
no entanto, um aperfeiçoamento."
Apesar da crescente visibilidade do cinema português
e europeu nos últimos anos, Luís Cassapo
regista um decréscimo do interesse do público
beirão comparável com os primeiros quatro
anos desta mostra. "Pretendemos contrariar também
a tendência das distribuidoras e de toda a indústria
cinematográfica, apostando nesta oferta",
justifica.
A organização foi, descreve, dolorosa devido
à reduzida equipa que preparou todo o cartaz e
actividades paralelas. O papel descentralizador que pretende
ter esta iniciativa levou também ao público
do Fundão, Belmonte, Castelo Branco e Idanha-a-Nova
extensões das exibições de alguns
dos filmes das diferentes áreas temáticas.
Um facto a que os factores tempo e de recursos não
são alheios. Apesar de reduzida a afluência
de público também nestas localidades, Luís
Cassapo considera cumpridos os objectivos. No entanto,
lamenta: "O cinema europeu não assume multidões".
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