Departamento de Ciência e Tecnologia do Papel
Engenharia do Papel

Os melhores laboratórios da Europa

Foi uma das primeiras Licenciaturas e outrora também uma das mais bem sucedidas. Hoje tem a braços a difícil tarefa de inverter o decréscimo de alunos nas licenciaturas de engenharia, fenómeno aliás sentido em todo o País. Apostados na renovação e modernização dos currículos os responsáveis da UBI vão abrir já em Outubro a Licenciatura em Engenharia Química Ramo Celulose e Papel.

 Por Anabela Machado

Estruturas de apoio

O Departamento de Ciência e Tecnologia do Papel mantém fortes ligações com os maiores centros mundiais de investigação no sector e dispõe de uma estrutura laboratorial única no País:
- Laboratório de Química do Papel
- Laboratório de Produção de Pastas e Papel
- Laboratório de Matérias Primas e Investigação
- Laboratório de Ensaios Físicos (condicionado)
Os alunos têm ainda ao seu dispor um Centro de Informática (com acesso à Internet - telnet, correio electrónico e www)

Estrutura curricular

- Duração normal do curso: 5 anos lectivos

- Área científica do curso:

- Engenharia do Papel


- Nº. total de unidades de crédito necessárias à concessão do grau: 174

- Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito:

- Áreas científicas obrigatórias:

a) Matemática - 28
b) Física - 10,5
c) Química - 17,5
d) Electromecânica - 37,5
e) Economia e Gestão - 6,5
f) Ciência e Tecnologia do Papel - 69,5

- Projecto:

Créditos: 4,5

Nasceu da exigência do mercado nacional da indústria do papel em dotar as suas estruturas de funcionamento com profissionais qualificados nos domínios das pastas para papel, papel e indústrias afins. Com quatro metas à cabeça: formar quadros para as direcções de produção e controlo de qualidade nas indústrias de pasta e de papel, preparar especialistas capazes de promoverem a investigação para a indústria, formar quadros para organismos oficiais responsáveis pela coordenação das indústrias do sector e formar docentes para a área, surge em 1983 o primeiro esboço do curso de Engenharia do Papel, à data a leccionar apenas os dois primeiros anos no Instituto Universitário da Beira Interior. Até 86, funciona em conjunto com a Licenciatura em Engenharia Têxtil, autonomizando-se aquando da instituição da Universidade da Beira Interior. Na definição da sua estrutura influenciaram os modelos de ensino europeus, com a colaboração de duas universidades com já longa experiência na papelaria: a École Française de Papeterie et des Industries Graphiques de Grenoble, em França, e a Escuela Superior de Engenieros Industriales, de Espanha.
A cooperação é ainda hoje uma atenção permanente tendo entretanto celebrado protocolos com as Universidades de Aveiro e Coimbra e o Instituto de Agronomia de Lisboa. Mas este intercâmbio de investigação e conhecimento não fica circunscrito ao meio académico e é com o objectivo de reforçar a qualidade da formação dos seus alunos que a UBI tem contactos estabelecidos com as empresas PORTUCEL, INAPA e RECIFEL e o Banco de Portugal.

UBI investiga com Aveiro e Coimbra

É mesmo na hora de experimentar e trabalhar que esta engenharia se destaca no panorama nacional e internacional. Professores e alunos de Papel dispõe dos melhores laboratórios a nível europeu. Depois de ter investido cerca de 300 mil contos em equipamento, o Departamento de Papel tem capacidade para fazer todo o processo de transformação do papel, que vai da madeira até à impressão. Nestes laboratórios pode também transformar-se o papel velho em novo. Através de cinco principais estruturas laboratoriais - Laboratório de Química, Laboratório Tecnológico de Pasta, Papel e Transformação, Laboratório de Matérias Primas, Laboratório de Ensaios Físicos e o Laboratório de Investigação - é desenvolvido um intenso trabalho de investigação. Tanto docentes com alunos desta Licenciatura dedicam-se actualmente ao estudo do pinheiro bravo com substituto para a fibra importada para o fabrico do papel e pasta de papel e a investigar a contribuição da fibra do eucalipto no incremento do papel de impressão. Tornar a indústria nacional mais competitiva e auto-suficiente foi o objectivo que uniu as Universidades de Aveiro e Coimbra e o Instituto de Investigação Raiz e a UBI neste trabalho.

Departamento aposta em novo curso de Papel em Outubro

Debruçados no problema da falta de alunos os responsáveis do Departamento e da UBI preparam-se para atacar o mal numa nova frente: a modernização do currículo, abrindo-o à área da Físico-Química e Ambiente. Para isso já no próximo ano lectivo, 2001/2002, a UBI vai criar a Licenciatura em Engenharia Química, estruturada com o objectivo de preparar licenciados com uma formação de "banda larga" nos domínios dos processos químicos e físico-químicos, que são a base de muitos processos industriais. Este curso, além da formação obrigatória em Química dá a possibilidade de escolher entre duas áreas: Celulose e Papel, próxima da actual Engenharia do Papel, e Ciências do Ambiente.
A área de Celulose e Papel tem por objectivo formar profissionais que combinem as seguintes características: conhecimento das metodologias e ferramentas de cálculo usuais em Engenharia Química e especialistas no processo de produção de papel e suas características particulares. O conhecimento das suas propriedades de uso e das interacções com os restantes materiais constituirão uma valência importante num mercado de trabalho onde as indústrias ligadas à fileira florestal ocupam um lugar de destaque na economia portuguesa.

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