Eleições para
a AAUBI amanhã
Duas candidaturas proporcionam
debate
Por Ana Maria Fonseca
O frente a frente é
já amanhã com a eleição dos
órgãos da Associação Académica
da UBI: a direcção, o conselho fiscal e
a mesa da Assembleia Geral de Alunos. Após cinco
anos consecutivos sem concorrência, chega finalmente
o debate.
Há cinco anos que a AAUBI não era tão
concorrida. Na última semana começaram os
slogans e o pretendido debate. A disputa vai fazer-se
pela Mesa da Assembleia Geral de Alunos (AGA) com a apresentação
de duas listas, desafios e ideias, que serão votados
amanhã pelo universo de cerca de quatro mil e 500
alunos da Academia.
Provocar o debate de pessoas, ideias e propostas é
o intento principal que move a Lista I a candidatar-se
à Mesa da AGA. "Não só discutir,
mas decidir e agir", sustentam. Um projecto que não
se estende a todos os órgãos da AAUBI, por
falta de um grupo de trabalho totalmente disponível
para assumir essa responsabilidade.
As várias propostas passam essencialmente por atrair
os alunos da UBI para a AAUBI, não só para
lhes mostrar como funciona o que já existe, mas
também para uma maior participação,
nomeadamente nas AGA's, que permitam uma solução
mais eficaz para os problemas com que se debatem os estudantes.
São promessas desta equipa realizar uma AGA dedicada
aos caloiros dando a conhecer o que é a AAUBI,
e desenvolver AGA's temáticas. Entre outros temas
a discussão será feita em torno de algumas
questões fulcrais como o calendário escolar,
a questão do cumprimento do estatuto de trabalhador
estudante, a acção social e o insucesso
escolar. Desta forma, pretendem mostrar aos estudantes
que "é na AGA que as decisões são
tomadas e que cada aluno pode ter um papel activo na condução
dos trabalhos", defende Marco Gabriel, presidente
da lista I.
Outro dos objectivos é acrescentar ao habitual
papel observador e fiscalizador da mesa da AGA um maior
enfoque na intervenção.
O "Congresso da Universidade" é mais
uma proposta. Reunir pessoas directamente ligadas à
UBI, como sejam funcionários, professores, alunos
eleitos ou pertencentes aos núcleos, quer de licenciatura,
quer culturais, o próprio reitor, entre outras
entidades, a fim de discutir os problemas com que cada
um se debate na UBI. É também objectivo
deste congresso discutir um modelo pedagógico e
apontar soluções para as várias questões
que se colocam à Academia.
Maior espaço físico
e participativo
Com o mote "Pelos novos
desafios da Academia", a lista D apresenta um projecto
de continuidade. A nova equipa mantém alguns dos
elementos da actual direcção, acrescentando
alguns membros já conhecidos pela sua participação
em núcleos de estudantes e outros órgãos
da UBI. Afirmam-se com um grupo coeso e responsável
para encarar os novos desafios.
Quanto a propostas a Lista D pretende manter e actualizar
os projectos da direcção cessante. As novidades
não são muitas, mas pretendem ser decisivas
para o futuro da academia.
A futura AAUBI quer "estar na linha da frente da
reivindicação estudantil", refere José
Miguel, actual vice-presidente e futuro presidente da
Associação Académica. Neste sentido,
"se for possível, queremos trazer à
Covilhã os dirigentes associativos, mostrar-lhes
a nossa realidade e debater soluções",
adianta.
Entre as propostas mais aliciantes estão a ampliação
da sede da AAUBI, dando especial enfoque à renovação,
manutenção e ampliação, através
da compra de um edifício próximo da actual
sede.
Na área da informação e divulgação,
impõe-se com maior relevo o projecto de criação
de um jornal "de e para a academia", que pretende
ser um veículo informativo, abordando notícias
da Universidade em geral, com artigos de docentes e alunos.
A possível contratação de funcionários,
para várias áreas de trabalho da AAUBI será
também uma possível concretização.
Relativamente à secção pedagógica,
entre outras propostas, incidirá em três
áreas principais: a resolução de
problemas quotidianos dos estudantes, a coordenação
com alunos eleitos e núcleos e a realização
de eventos para dar a conhecer aos alunos as mais importantes
questões pedagógicas.
A Acção Social não será esquecida,
havendo já uma série de reivindicações
para o próximo ano, nomeadamente no que concerne
à questão das cantinas e das residências.
Os três pilares do Conselho Fiscal, órgão
social que garante o necessário equilíbrio
na estrutura da AAUBI, são definidos para este
próximo mandato. Aconselhamento, acompanhamento
e fiscalização, são os pontos que
se propõe a assegurar transparência e rigor
na apresentação de resultados e esclarecimento
das contas.
Todas as outras secções e actividades da
AAUBI, como a secção desportiva e a cultural,
continuarão em expansão, segundo promete
o futuro dirigente associativo, como uma continuação
do trabalho que tem vindo a ser feito.
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