António Fidalgo
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Covilhã Cidade
A Covilhã mexe.
Mexe na fisionomia e isso está à vista de
todos. A construção não pára,
dá-se forma de avenidas a estradas sem bermas,
de que o caso mais notório é a avenida das
rotundas que liga o Hospital ao centro da cidade, rasgam-se
novas vias, como as que se situam a nascente da via férrea,
a Ponte do Rato sobre a Degoldra promete vir a ser uma
bela praça, o aterro frente à Igreja de
Nossa Senhora de Fátima recebeu o enquadramento
devido, e por todo o lado há intervenções
de fundo, como nas ruas Mateus Fernandes e da Saudade.
E agora inicia-se o programa Polis como medida de fundo
para devolver as ribeiras à cidade. Não
há dúvida que a Covilhã nos últimos
tempos ganhou uma dinâmica impressionante na requalificação
urbana. A Câmara Municipal está de parabéns.
Mas mais importante ainda é o tudo o que mexe a
nível cultural. É que também aqui
a Covilhã mexe e bem. Hoje a Covilhã tem
uma vida cultural boa, de qualidade. Se contarmos a sala
dos Unidos do Tortosendo são quatro as salas de
cinema em actividade. A programação do Teatro-Cine,
a cargo do Cineclube desde o 25 de Abril, é de
luxo. Ciclos de cinema de alta qualidade, Wim Wenders,
mostram que a Covilhã é cidade.
É também por isso que se aplaude a construção
do silo auto no Pelourinho. A casa de cultura em que o
Teatro Cine se transformou em tão pouco tempo e
a excelente adesão do público às
iniciativas ali levadas a cabo exigem um local de enquadramento
pedonal e de parqueamento automóvel que só
o silo resolve.
Uma cidade é muito mais que um amontoado mais ou
menos numeroso de pessoas, é uma certa configuração
dos espaços, dos serviços e da vida dos
que nela habitam. Ora é justamente isso que está
a acontecer. A este ritmo a Covilhã promete tornar-se
uma cidade de muito boa qualidade de vida. Com a execução
do programa Polis (que em grego significa cidade!) a Covilhã
ficará mais cidade. E será uma bela cidade.
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