A população
da Boidobra concentrou-se junto à variante Covilhã
- Fundão para protestar contra a morte de Maria Manuela
Figueira, atropelada na quarta feira, dia 9, naquele local.
Esta é já a quarta vítima mortal desde
a construção da estrada. Os populares responderam
assim ao apelo da Junta de Freguesia da Boidobra (JFB) e
da Associação de Jovens. A estrada foi cortada
durante um minuto de silêncio em memória de
Maria Manuela.
A variante Covilhã - Fundão divide a freguesia
da Boidobra ao meio. As crianças residentes no Bairro
da Alâmpada, atravessam a estrada duas vezes por dia
para frequentarem a escola. Na quarta feira, 9, um grupo
de crianças atravessou mais uma vez. Atrás
seguia Maria Manuela Figueira, de 30 anos. As crianças
conseguiram passar, Maria Manuela não. Atropelada
gravemente, a vítima foi transportada para o Centro
Hospitalar da Cova da Beira onde veio a falecer pouco depois.
Passagem superior
José Pinto, presidente da Junta de Freguesia da
Boidobra, está indignado com mais este atropelamento
e sublinha que o problema não é de hoje.
"Em 1999 a Junta apresentou na Câmara uma proposta
de prolongamento do passeio junto da fábrica Paulo
de Oliveira até às escolas da Boidobra.
Apesar da apreciação favorável dos
serviços técnicos da Câmara, a proposta
nunca avançou".
Os populares exigem agora a construção de
uma passagem superior naquele local. Carlos Pinto, presidente
da Câmara Municipal da Covilhã, afirmou que
não tolera "que se assista a esta desgraça
de ver famílias enlutadas por incompetência,
negligência e abandono. Ou o Instituto das Estradas
de Portugal e a Sctuvias fazem uma passagem superior ou
a Câmara Municipal vai substituí-los, bloqueando
esta via para a construção da passagem".
Se tal não vier a acontecer os manifestantes mostram-se
dispostos a realizar outras acções de protesto
até que o problema seja solucionado.
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