Ao contrário
do que aconteceu na primeira volta, a defesa fatimense
fechou-se "em copas" e raramente deu espaço
aos covilhanenses
Ficha
do Jogo
Estádio
João Paulo II (Fátima)
(06-05-2001)
Árbitro:
Luís Reforço (Setúbal)
Auxiliares: João Madeira e Carlos
Santos
CD
Fátima - 1
Albuquerque; Zé Artur, Paulão, Mota
e Brandão; Borges, Katá, Hugo e
Miguel Xavier; Nélson (Augustini, 45 m)
e Morgado.
Treinador: Nuno Presume
Sp.
Covilhã - 1
Celso; Rui Morais, Saúl, João Carlos
e João Miguel; Piguita, Filipe Avelar (Hélder
Gomes, 57 m), Adilson (Milton, 77 m) e Trindade;
Túbia e Marco Cadete.
Treinador: Henrique Nunes
Ao
Intervalo: 0-0
Marcadores:
Augustini (84 m) e Milton (86 m)
Disciplina:
cartão amarelo a Nélson (30 m),
Morgado (39 m), João Carlos (44 m), Paulão
(53 m), Adilson (56 m), Marco Cadete (65 m), Brandão
(72 m), Miguel Xavier (78 m), Rui Morais (86 m)
e Mota (88 m).
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II Divisão
B - Covilhã empata em Fátima
II Liga cada vez mais longe
A quatro jornadas
do fim do campeonato o Covilhã empata em Fátima
e deixa escapar a Oliveirense que venceu em S. João
da Madeira.
Por Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi
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Numa jornada em que se
esperavam alterações na frente da tabela,
o Covilhã deixou fugir a Oliveirense para três
pontos de distância. Os "Leões da Serra"
deslocaram-se ao terreno do Fátima, que na primeira
volta haviam goleado por copiosos 5-0, e esperavam o "milagre"
no terreno da Sanjoanense. Porém, em casa do terceiro
classificado a Oliveirense não facilitou e, apesar
de ter entrado a perder, conseguiu dar a volta e sair
vitoriosa de São João da Madeira (2-3).
Os serranos, por seu lado, não foram além
do empate (1-1) e precisam agora que o líder escorregue,
pelo menos, duas vezes.
Entrou melhor no jogo o Covilhã. Ainda não
tinham decorrido três minutos e já João
Miguel, na sequência de um livre, levava a bola
a roçar o poste da baliza à guarda de Albuquerque.
A pressão dos serranos aumenta e, novamente de
bola parada, Filipe Avelar obriga o guardião do
Fátima a uma defesa apertada.
Contudo, foram os homens da casa a estar mais perto do
golo. Aos 13 minutos, também na marcação
de um livre, Morgado atira em cheio ao poste esquerdo
de Celso. O Fátima equilibrava a partida e não
dava espaços à formação orientada
por Henrique Nunes. Aos 25 minutos o Fátima poderia
mesmo ter inaugurado o marcador. Na sequência de
um pontapé de canto, Nélson cabeceia e Celso
defende uma bola que leva selo de golo.
O conjunto covilhanense volta a pôr o pé
no acelerador e carrega sobre a defensiva adversária.
Aos 35 minutos João Carlos chega a introduzir a
bola na baliza do Fátima, mas Luís Reforço
invalida o tento por pretensa falta do central covilhanense
sobre o guarda-redes fatimense.
A partida passa, então, por uma fase menos bonita.
Com os nervos à flor da pele, os jogadores começam
a envolver-se em picardias e a sucessão de faltas
obriga a inúmeras paragens no desafio. Antes do
apito para o intervalo, porém, Marco Cadete poderia
ter inaugurado, por duas vezes, o marcador, mas o remate
sai sempre ao lado.
Golos em dois minutos
Na segunda parte o Covilhã entra a todo o gás
e tenta resolver o jogo o mais cedo possível.
Aos 49 minutos Saúl, de fora da área,
remata forte para uma defesa incompleta de Albuquerque.
Na emenda, Túbia, apertado pelos centrais, não
consegue fazer melhor que o companheiro e remata para
fora.
Os homens de Nuno Presume, no entanto, depois de uma
certa passividade inicial, voltam a equilibrar as operações.
Na necessidade de vencer o jogo, para não deixar
escapar, ou até mesmo ultrapassar a Oliveirense,
Henrique Nunes aposta, então, no reforço
da frente de ataque. Faz subir João Carlos para
apoiar os companheiros mais avançados e lança
em campo Hélder Gomes para o lugar de Filipe
Avelar. A saída do médio, no entanto,
acabou por desguarnecer o meio-campo onde a equipa da
casa aparecia sempre em superioridade numérica.
Ainda assim, foram os covilhanenses a criar novamente
perigo. Hélder Gomes cobra um livre do lado esquerdo
e Túbia, de cabeça, remata poucos centímetros
acima da barra.
O Fátima, contudo, não se assusta e, após
um desentendimento da defesa verde-e-branca, acaba por
marcar. Miguel Xavier isola Morgado do lado esquerdo.
O avançado vai à linha, cruza e Augustini,
entrado ao intervalo, corresponde da melhor maneira
e leva ao rubro as bancadas do João Paulo II.
A alegria dos adeptos, no entanto, dura apenas dois
minutos. Na sequência de uma canto a favor dos
covilhanenses, a bola perde-se na grande-área
e Milton empurra para o tento do empate.
Após a reposição da igualdade só
deu Fátima. Por duas vezes foi Celso a negar
o golo aos avançados locais e, no último
lance do desafio, é Rui Morais quem salva a "honra
do convento" ao interceptar um remate de Morgado
que já tinha deixado Celso para trás.
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