Um dia diferente para crianças
de várias escolas do concelho da Covilhã
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Histórias,
jogos e brincadeiras
António Torrado leva crianças
à biblioteca
Cerca de 200 crianças
de várias escolas do concelho renderam-se aos encantos
do escritor António Torrado. Entre histórias
e muitas perguntas passaram uma manhã diferente,
na Biblioteca Municipal da Covilhã.
Por Claúdia Cardoso
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Alunos das escolas básicas
dos Penedos Altos, Rodrigo, Vila do Carvalho, Casegas e
Escola Pêro da Covilhã estiveram, no dia 4
de Maio entre as 10 e o meio dia, na Biblioteca Municipal
da Covilhã.
Por uma manhã, saíram da escola para um encontro
sobre literatura infantil que as reuniu, na sala polivalente
da biblioteca, com o escritor António Torrado.
A sessão começou com um jogo, "a maratona
dos escritores". António Torrado avançava
um passo em direcção ao fundo da sala por
cada escritor de literatura infantil citado. Provando-se
conhecedores na matéria, sem dificuldade apontaram
nomes como Sophia de Mello Breyner, Ana Maria Magalhães
e Isabel Alçada, Alice Vieira, Maria Alberta Menéres,
Aquilino Ribeiro e António Mota, entre outros.
A manhã continuou com o contar de várias histórias
pelo escritor, intercalado com sessões de perguntas.
O tempo foi pouco para saciar a curiosidade de todos.
Reinou a boa disposição nesta manhã
diferente, promovida pela Biblioteca Municipal. No final,
as crianças mostravam-se satisfeitas, elegendo as
histórias contadas como a parte que mais gostaram.
"Aprender, hoje em dia, não é só
estar dentro de uma sala de aula", diz Ana Maria Nogueira,
professora da Escola da Vila do Carvalho, salientando a
importância deste tipo de iniciativas, que Cristina
Seabra, bibliotecária responsável pela Biblioteca
Municipal da Covilhã, considera fundamental. "Os
alunos vão passar a vir à biblioteca, a trazer
os pais e os professores", afirma.
Para António Torrado neste tipo de acções,
"desmitifica-se a figura do escritor". Segundo
o mesmo, cai por terra a ideia de que o escritor é
um senhor distante, um bocado pomposo e pretensioso e constata-se
que afinal é uma pessoa comum.
"Há uma corrente natural, de energia, de afecto,
entre leitores e autores que nos alimenta a todos",
salienta o escritor. Confessa alimentar-se de sessões
como esta, da energia que nelas colhe para continuar a escrever
para crianças, esperando também que a energia
despendida no contar das histórias, aguce a curiosidade
das crianças para lerem os seus livros.
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