Após alguma contestação
relativa ao troço Alcaria/Teixoso da futura Auto-Estrada
da Beira Interior (IP2), que não contempla um nó
de acesso directo à Covilhã, [ver
edição de 24 de Abril] a SCUTVIAS
assegura que "o nó vai ser uma realidade".
Em conferência de imprensa realizada no sábado,
27, aquele organismo garantiu a construção
do acesso central à cidade-neve. "É uma
das obrigações contratuais que temos",
afirma Matos Viegas, administrador delegado da empresa concessionária,
que sublinha: "Não podíamos pôr
o nó central neste projecto de execução,
porque ele sai do traçado que foi posto no impacto
ambiental em mais de um quilómetro". Assim,
em resultado do estudo feito pelos ambientalistas, na zona
de regadio da Cova da Beira "que levou anos a ser implementada",
o projecto do acesso central teve que ser reavaliado e posto,
novamente, à consideração do Ministério
do Ambiente. Matos Viegas explica "em que pé"
está o projecto: "Estamos a elaborar o estudo
prévio dessa zona para entregarmos até Maio,
mês em que, em princípio, receberá aprovação
do Ministério". O administrador acredita que,
"este plano responde às exigências ambientais
e, por isso, deve receber luz verde em simultâneo
com a Auto-Estrada", embora esta espere já para
o projecto de execução. "Este nó
ficou para trás, mas só em termos processuais.
Estamos a falar de quatro quilómetros e meio de via
simples, com duas faixas de rodagem, cuja construção
será mais rápida que os 20 quilómetros,
com quatro faixas, da Auto-Estrada, que queremos que arranque
ainda este Verão", acrescenta Viegas.
Assim, o administrador da SCUTVIAS esclarece as dúvidas
da autarquia e do povo covilhanense e considera-as legítimas.
"A edilidade sabia em que ponto estávamos, mas
está a cumprir a sua obrigação, dado
que a certeza só teremos após a aprovação,
o que ainda não existe".
Lavrador acalma, Pinto promete avançar
Depois de assinada e aprovada a moção de
protesto, na última reunião do executivo
municipal, que foi enviada à Administração
Central, a exigir a construção do nó
directo, Carlos Pinto, edil covilhanense, garante não
baixar os braços. "Não vou esperar
muito tempo e não me calarei enquanto não
tiver uma confirmação por escrito, do Instituto
de Estradas ou do Ministério do Ambiente, a confirmar
a realização deste nó", esclarece
o autarca.
Opinião oposta tem José Carlos Lavrador,
deputado socialista na Assembleia da República,
que, em Assembleia Municipal realizada na sexta-feira,
27, se mostrou mais optimista: "Quando tivermos pronto
o troço da Auto-Estrada, também teremos
os dois acessos à Covilhã, o que entronca
com o IC6, na zona do Tortosendo, e o outro, que não
sendo no Aérodromo, será muito próximo
deste". O deputado, que diz ter-se "informado
junto do Governo", assegura que "podemos ficar
tranquilos de que haverá uma segunda saída
que irá desembocar na zona do Hospital". "Não
estamos a brincar, estamos a falar de normas muito rígidas
da Comunidade Europeia que não podemos ludibriar",
continua.
Assim, à confirmação avançada
pela SCUTVIAS, junta-se a de Lavrador que garante: "Ninguém
sairá penalizado, porque quando houver IP2 haverá,
também, nó directo à Covilhã".
E acrescenta: "Enquanto não houver Auto-Estrada,
também não é preciso nó nenhum".
Contudo, a sua opinião não agrada a Carlos
Pinto, que não acredita no Governo "enquanto
não houver garantias, por escrito, da construção
do acesso, livre de impedimentos ambientais".
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