A Associação
Cultural da Beira Interior (ACBI) assinou no 25 de Abril, integrado
nas festas comemorativas, um protocolo de cooperação
cultural com a Câmara Municipal da Covilhã. O documento
assinado por Luís Cipriano, presidente da associação,
e Carlos Pinto, presidente da autarquia, prevê entre os
projectos mais importantes a continuação dos programas
musicais com as escolas do concelho. Carlos Pinto referiu ser
esta uma iniciativa "premonitória e percursora"
de Luís Cipriano que tem contribuído para a "massificação
da preparação musical dos jovens covilhanenses".
Actualmente cerca de três mil crianças de várias
instituições de ensino do concelho têm educação
musical nas suas escolas. "Eu acho que cada um no meio social
tem as suas funções. Penso que este é quase
o casamento perfeito. Na cultura não existe perfeição"
afirma o maestro.
Em paralelo, a Associação contratualiza-se a realizar
também as iniciativas "Natal para Todos" e o
"Circuito nas Aldeias", para além de espectáculos
que sejam requeridos pela autarquia. Como contrapartida a Câmara
garante um subsídio mensal de 450 mil escudos para as
actividades da associação. Este apoio contribui
de forma importante para a estabilidade económica da ACBI
que suporta actualmente um encargo de 350 contos pela renda das
suas instalações. O maestro Luís Cipriano
pretende no entanto ver resolvida a situação com
a aquisição de uma sede própria, sendo,
para tal, necessário o apoio da autarquia. A falta de
espaços para as suas actividades é também
um problema com que se depara a direcção, que deverá
agravar a partir do próximo ano com a abertura das aulas
de Dança Clássica, um objectivo antigo da associação,
assim como das classes de Canto e de Guitarra.
O Maestro mostra-se satisfeito com o acordo atingido. "Penso
que a Covilhã tem hoje uma forte imagem cultural e é
capaz e ser, excluindo o Porto e Lisboa, a cidade com mais exportação
cultural. E fico satisfeito quando uma Câmara reconhece
essa situação e nos apoia", afirma.
ACBI negoceia
aquisição do Conservatório
A notícia
foi avançada pelo maestro Luís Cipriano. A Associação
Cultural está disposta a adquirir o Conservatório
Regional de Música da Covilhã, e para isso Cipriano
tem vindo a desenvolver alguns contactos nos últimos tempos.
Para já Luís Cipriano prefere não adiantar
mais do que a certeza de que esta será a única
forma de salvar o Conservatório, em estado "cancerígeno",
e espera mais novidades nas próximas semanas.
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