António Fidalgo
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Os 15 anos da
UBI
Celebra a Universidade da Beira Interior o seu décimo quinto aniversário
no próximo 30 de Abril. Servem estas celebrações fundamentalmente para uma
reafirmação de identidade. Tal como as pessoas também as instituições não
podem viver ao sabor de uma passagem indistinta do tempo, sem o marcar com
referências de continuidade.
A UBI como jovem instituição que é alterou-se muito, muitíssimo, ao longo
da sua existência. Um jovem de 15 anos diferencia-se muito mais de um
menino de meses, do que um homem de 45 anos de um de 30 anos, apesar de a
diferença em número de anos ser a mesma. Ora é justamente nos períodos de
alterações profundas que se torna necessário celebrar a identidade da
pessoa ou da instituição e a mesmidade dos princípios.
Que identidade é essa que a UBI celebra? É a identidade de um projecto
universitário, de uma comunidade de pessoas que preservam o conhecimento
científico herdado do passado, que no presente o transmitem às novas
gerações e que o procuram aumentar pela investigação e, assim, deixar um
legado enriquecido às gerações vindouras. Este é o cerne do espírito
universitário: conhecer o universo e difundir universalmente esse
conhecimento.
Perante as tarefas prementes do dia a dia, das dificuldades inadiáveis de
funcionamento e de financiamento, tende-se a esquecer o fundamental. Ora é
justamente para que este não seja esquecido que as instituições, pessoas
colectivas, celebram a sua existência e nessa celebração reafirmam os
princípios que lhe deram a vida.
Quinze anos são, na vida de uma pessoa, o fim da adolescência. Na vida de
uma universidade quinze anos são muito poucos anos. Para as universidades
a unidade de tempo mais apropriada são os séculos. Veja-se que a UBI não
cobre ainda todas as áreas de saber do cânon universitário. Ainda está em
franco crescimento. Oxalá não lhe falta nesta fase tão decisiva da sua
vida os necessários apoios do Governo para um desenvolvimento saudável e
sustentado.
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