Parkeurbis
é a designação do centro de investigação
científica e tecnológica que vai nascer junto ao
Parque Industrial do Tortosendo, na Covilhã. O projecto,
com um capital social de 500 mil contos, une várias entidades
regionais e nacionais na criação de um espaço
que visa ser um "verdadeiro motor de desenvolvimento económico
sustentado" da Cova da Beira.
A primeira Assembleia Geral está marcada para 26 de Maio,
quando serão submetidos à aprovação
os estatutos e corpos sociais da sociedade gestora.
A Câmara Municipal da Covilhã, a Caixa Investimentos
do Grupo Caixa Geral de Depósitos, a Associação
Comercial e Industrial dos Concelhos da Covilhã, Belmonte
e Penamacor, o NERCAB - Associação Empresarial
de Castelo Branco, a Associação Nacional de Industriais
dos Lanifícios, a Fundação Luso-Americana
para o Desenvolvimento, o Instituto de Apoio às Pequenas
e Médias Empresas e ao Investimento - IAPMEI e a UBI,
são para já as entidades associadas confirmadas.
O IAPMEI deverá assumir a presidência do conselho
de administração, segundo informação
avançada por Carlos Pinto, edil covilhanense, na reunião
do órgão do dia 16 de Março, quando ficou
aprovada a participação da autarquia como accionista
da sociedade gestora.
A UBI, que elaborou o projecto inicial, entra com o capital simbólico
de um por cento, cinco mil contos, e deverá intervir no
Conselho Científico e Tecnológico. Mário
Raposo, vice-reitor da UBI, defende: "Faltava na região
uma área de tecnologia de ponta", onde as empresas
privadas devem participar nos órgãos gestores.
Uma nova
classe empresarial vai nascer
O Parque será
instalado num terreno de 10 hectares junto ao Parque Industrial
do Tortosendo e comportará na sua estrutura um espaço
de incubação de empresas para os denominados spin-offs,
ideias novas com viabilidade no mercado, oriundos da UBI, centros
tecnológicos e outras empresas já existentes. Ali
ficarão concentradas as empresas. Acreditam os parceiros
do projecto que esta concentração permitirá
desenvolver economias de aglomeração propícias
à difusão e transferência de tecnologia.
Para os spin-offs são várias as vantagens de instalação
no espaço do Parque Tecnológico. Aí vão
ter ao seu dispôr, na primeira fase, instalações
com custos controlados, e mais tarde um apoio facilitado na instalação
após o seu crescimento. Para o arranque da actividade,
aqueles que forem acolhidos na incubadora de empresas vão
ter uma participação temporária mas fundamental
no capital da sociedade.
O Parque Tecnológico operará, entre outras áreas,
ao nível da concepção de novos produtos,
nos sistemas de controlo de qualidade, no acompanhamento e introdução
de novas tecnologias nas empresas já existentes ou a criar,
na sua modernização tecnológica e de gestão
e finalmente na formação de recursos humanos qualificados.
Esta parece ser uma preocupação premente no sector
industrial da região. E para isso dispõe de três
sectores de actividade fundamentais, uma Incubadora de Ideias,
um sector de I&D - Investigação e Desenvolvimento,
e um outro sector de ensino e formação. A fixação
de quadros médios e superiores também poderá
passar pelo investimento que se faça nesta estrutura e
que garantirá dinamismo, inovação, modernidade
e eficácia aos sector industrial e empresarial de toda
a região.
UBI ganha
com proximidade
A UBI irá
ganhar com esta proximidade permitindo aos seus investigadores,
docentes e alunos um contacto directo com a realidade, promovendo
assim actividades de ensino e formação em ambiente
real.
O Parkeurbis será também uma porta aberta para
os finalistas e recém-licenciados da UBI que ali poderão
encontrar a possibilidade de realizar estágios profissionais.
O Parque Ciência e Tecnologia da Covilhã vai também
voltar-se para a Medicina, com especial atenção
por parte da sociedade gestora na ajuda à consolidação
da Faculdade de Medicina da UBI, em especial nos ramos da investigação
e de desenvolvimento de produtos da área da saúde.
Para além de tudo isto o Parkeurbis vai ter também
para toda a comunidade áreas de lazer, espaços
verdes, espaços comerciais e restaurantes. |