A necessidade
de se fazer um apuramento sério de estado actual da Acção
Social Escolar levou a Associação Académica
da Universidade da Beira Interior (AAUBI) a organizar o I Fórum
de Acção Social. Um debate que se pretendia alargado
a todas as instituições do Ensino Superior cingiu-se
à Universidade da Beira Interior, devido à falta
de comparência de outros administradores de Acção
Social convidados.
Com a presença do presidente do Conselho Nacional para
a Acção Social no Ensino Superior (CNASES), João
Duarte Silva e do Administrador dos Serviços de Acção
Social da Universidade da Beira Interior (SASUBI), Manuel Raposo,
a discussão realizou-se de forma pouco usual, transformando-se
o debate numa "espécie de conversa de café",
como referiu o responsável da AAUBI, Eduardo Ribeiro.
A questão das bolsas de estudo e os critérios que
estão na base para a sua atribuição foi
muito debatida, levando o administrador dos SASUBI a admitir
que por vezes existem injustiças. "Os Serviços
de Acção Social só terão sucesso
se o Ministério das Finanças sofrer uma reforma",
sublinha Manuel Silva Raposo. Já para o presidente do
CNASES, a preocupação centra-se na saúde,
desporto e cultura, "áreas um pouco esquecidas pela
Acção Social". Mas "como cidadão
gostaria que os meus impostos fossem canalizados para bolsas
maiores", sublinha João Duarte Silva.
A alimentação e o alojamento geraram alguma discussão
entre alunos e oradores. Curiosamente, nesse mesmo dia o jornal
Diário de Notícias destaca a Universidade da Beira
Interior (UBI) e a Universidade de Aveiro como as instituições
que registam uma maior procura e capacidade de alojamento. O
mesmo se passa com a alimentação, onde a UBI e
a Universidade do Minho (UM) ocupam os primeiros lugares na procura
dos refeitórios.
Fraca adesão
dos alunos
Se os temas
em cima da mesa diziam respeito aos alunos, já a sua presença
foi praticamente nula. Inserido na semana de luta e contestação
dos alunos do Ensino Superior, o I Fórum de Acção
Social não teve a participação que se pretendia.
Eduardo Ribeiro defende que uma falha na divulgação
esteve na origem da fraca adesão. "Devíamos
ter chamado mais a atenção dos alunos, pois muitos
deles não sabiam da existência do Fórum".
No final, o administrador dos SASUBI, Manuel Raposo deixa a ideia
de se realizarem fóruns temáticos e uma campanha
de informação, "pois muita gente não
sabe o que são os serviços de Acção
Social". |