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Reunião sindical
debate estado actual da educação
Sindicato dos professores
visita escolas
O Sindicato dos Professores
da Zona Centro visitou várias escolas do terceiro ciclo
e secundárias, na cidade da Covilhã. Durante a
manhã, num encontro realizado na UBI, foram discutidas
algumas linhas que marcam os principais problemas com que os
professores se debatem.
Por
Ana Maria Fonseca
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Professores querem
soluções do Governo para os problemas das escolas
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Ensino especial, horários
zero, vencimentos, classificações profissionais
e as novas responsabilidades das autarquias foram alguns dos
temas em destaque no encontro sindical realizado na passada sexta
feira, dia 23. Organizada pelo Sindicato dos Professores da
Zona Centro (SPZC), esta reunião contou com a presença
de cerca de 50 professores do concelho da Covilhã.
Alguns assuntos que ainda se encontram em discussão com
o Ministério da Educação (ME) também
aqui foram objecto de análise. Problemas como os concursos,
o estatuto da carreira docente, os agrupamentos escolares ou
a revisão curricular foram debatidos com os professores
presentes, ao mesmo tempo que se demonstrou em que pé
estão as negociações com o Governo.
A organização dos concursos, sujeita a negociações,
foi um dos problemas em debate. "É um processo complexo,
mas que merece toda a atenção e reflexão
por parte de educadores e professores. Temos também em
mãos algumas situações pontuais, apontadas
pelos colegas, e que têm a ver com algumas irregularidades
que o Ministério tem cometido, por exemplo, a nível
dos concursos, nomeadamente a problemática dos horários
zero", explica Carlos Costa, dirigente do SPZC. "A
lei diz que o professor deve ser transferido para uma escola
da mesma cidade, freguesia ou vila, e na prática não
é isto que acontece. Este é o principal problema
que os colegas levantam e constitui uma irregularidade cometida
pelo Ministério da Educação. Neste momento
o ME prometeu disponibilizar as vagas que foram ocupadas por
força destas transferências, mas isso não
corrige a ilegalidade que foi cometida", conclui.
Por todo o País, no ano passado foram detectados cerca
de 135 situações irregulares desta natureza.
Sindicato alerta professores
Após a reunião sindical, Carlos Costa e Josué
Moreira, dirigentes do SPZC, visitaram algumas escolas para apresentar
os temas de discussão e as conclusões retiradas
do encontro. "A visita às escolas é útil
para alertar os professores para este tipo de situações
e para explicar as linhas traçadas pelo debate realizado
durante a manhã, mas também para ouvir o que os
docentes têm a dizer. Há uma desresponsabilização
por parte do Ministério da Educação e nós
queremos ouvir os professores sobre esta matéria, saber
quais as maiores dificuldades que enfrentam especificamente na
escola onde leccionam", comenta Carlos Costa. "Neste
momento está patente a ideia de atribuir certas competências
às autarquias e o ministério não tem "trabalho
de casa" feito a esse nível", acrescenta. Por
outro lado algumas autarquias não têm respondido
às solicitações e aos anseios dos professores,
das escolas e da comunidade educativa no seu todo. O SPZC mostra-se
preocupado com medidas que possam vir a alargar o leque de competências
das autarquias. "Há casos de autarquias locais que
nem sequer dinheiro disponibilizam para o expediente. É
necessário ultrapassar estes casos", defende o dirigente
sindical.
Relativamente à implementação dos agrupamentos,
Carlos Costa aponta grandes dificuldades na sua concretização,
em grande medida resultantes da inércia demonstrada pelo
Ministério da Educação a esse nível.
" Neste momento no nosso distrito estamos praticamente na
estaca zero", afirma e continua, "há a nosso
ver, muitos interesses que estão em jogo e por isso não
temos implementação deste processo".
Embora muitos professores estivessem indisponíveis durante
as visitas, os contactos efectuados nas várias escolas
bem como a afixação de cartazes alusivos às
principais questões, são úteis para sensibilizar
os professores para que estejam alerta e intervenham neste processo
de melhoria das condições da educação
no concelho.
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