Com reticências de
socialistas e comunistas
Assembleia
Municipal aprova empréstimos de mais de dois milhões
Por
Sérgio Felizardo
NC/Urbi et Orbi
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A Assembleia
Municipal (AM) da Covilhã aprovou na sexta-feira, 16,
os dois empréstimos que a autarquia quer contrair para,
nas palavras de Carlos Pinto, "assegurar à edilidade
uma vida tranquila nos próximos anos". O empréstimo
bonificado no âmbito do III Quadro Comunitário de
Apoio (QCA) até ao montante de 700 mil contos mereceu
33 votos favoráveis e cinco contra, provenientes da bancada
do PS, enquanto o empréstimo, a médio e longo prazo,
de um milhão e 500 mil contos, recebeu 31 votos a favor,
cinco contra e duas abstenções da bancada comunista.
Do lado dos socialistas, José Armando Serra dos Reis,
líder dos deputados municipais, justifica os votos desfavoráveis
com o facto de, na sua opinião, "não fazer
sentido que a cerca de um mês da aplicação
do Plano e Orçamento, a Câmara venha pedir mais
dinheiro". "O Plano e Orçamento aprovado pela
Assembleia diz explicitamente que a autarquia tinha assegurado
12 milhões de contos de financiamento, por isso não
faz sentido vir agora pedir mais dois milhões. Estávamos
disponíveis para aprovar todos os empréstimos desde
que os tais 12 milhões tivessem sido investidos",
considera. Do lado da CDU, Luís Garra considera premente
o empréstimo de 700 mil contos, "pois vai dar cobertura
às obras candidatadas ao III QCA e tem uma taxa de juro
baixíssima", mas garante que, no que diz respeito
ao outro, "há aspectos de forma e conteúdo
que não são totalmente claros". Segundo Garra,
no Orçamento anteriormente aprovado pela AM não
estava previsto qualquer empréstimo e as obras que este
vai financiar não estão inscritas como intervenções
com verbas a definir. "Uma situação que implicaria
a revisão do Orçamento e nova vinda à Assembleia",
explica. Para além disso, continua, "há obras
em que a Câmara não sai beneficiada dos acordos
com quem as constrói".
O presidente da autarquia, por sua vez, assegura que "estes
empréstimos são fundamentais para o desenvolvimento
da Covilhã, porque estão colados a obras de grande
envergadura. Seja na cobertura de financiamentos a 100 por cento,
seja para complementar fundos comunitários de centenas
de milhares de contos, em trabalhos já lançados
ou prestes a lançar". |