O objectivo da Associação
Internacional de Estudantes de Ciências Económicas
e Empresariais (AIESEC) com a realização das Semanas
Internacionais dedicadas aos diversos continentes é, ao
mesmo tempo que promove a cultura e hábitos dos países
de destino, combater a tendência de privilégio em
relação aos países desenvolvidos da Europa
e Estados Unidos. Uma iniciativa de extrema importância
para países menos desenvolvidos, tendo em conta que não
é neles que recai a preferência dos alunos que procuram
junto da AISEC a possibilidade de fazer um estágio remunerado
no estrangeiro.
Com vantagem para o vasto leque de ofertas de estágio,
o continente africano oferece neste momento muitas oportunidades
para o início da actividade profissional dos alunos que
encontrem nestes destinos uma aventura promissora, quer a nível
profissional, quer pessoal. Este é o objectivo da realização
da Semana Internacional Africana que durante cinco dias, de 5
a 9 de Março, publicitou com especial enfoque África
como um dos destinos mais interessantes.
83 países, centenas
de oportunidades
A AIESEC trabalha neste momento com 83 países dos cinco
continentes. Só no continente africano, a AIESEC está
associada a 16 países, desde o Quénia à
África do Sul, Senegal, Marrocos, Serra Leoa, Tunísia,
Egipto, Gana, Libéria, Botswana, Nigéria, Uganda,
Zimbabwe, Togo, entre outros.
A oferta de estágios abrange todas as áreas, "mas
são fundamentalmente condicionados pelo exterior. Os licenciados
em Gestão continuam a ser os mais requisitados, mas também
Informática", afirma Tânia Araújo, responsável
pelo Outgoing, gabinete que encaminha os estagiários para
o estrangeiro. Os licenciados em Sociologia e Ciências
da Comunicação, nomeadamente para desempenho de
actividades ligadas ao desenvolvimento social, também
têm alguma procura. Os economistas, segundo a responsável,
são muito requisitados embora os ubianos apresentem algumas
carências na formação de marketing. Para
licenciados em Língua e Cultura Portuguesas, a AIESEC
tem recebido diversos pedidos de organizações não
governamentais para ensinar no estrangeiro.
Europa em Abril, Ásia
em Maio
Para embarcar nesta aventura,
é necessário ser aluno finalista, recém
licenciado ou licenciado há não mais que dois anos,
seja qual for a àrea de licenciatura. Além disso,
é importante ter aptidão linguística e perfil
que se adapte aos objectivos da AIESEC e das empresas recrutadoras.
Depois é necessário apresentar Curriculum Vitae
e preencher uma ficha de inscrição. A taxa de inscrição
é de quatro mil escudos, mais dois mil para cada teste
de línguas que pretendam efectuar. Oficialmente inscritos,
resta esperar a marcação de uma entrevista, cujo
júri é composto por um professor da UBI, um psicólogo
e um representante da AIESEC que avaliam o aluno e o seu perfil.
As inscrições da AIESEC estão abertas. "Habitualmente,
a selecção era feita em dois momentos por ano e
agora a direcção optou por uma selecção
contínua para que quem quiser possa inscrever-se durante
todo o ano", adianta Tânia Araújo.
A AIESEC labora há já muitos anos e garante, internacionalmente
e assistida por uma rede informática que une todas as
delegações espalhadas pelo mundo inteiro, uma assistência
continua aos estudantes que decidem ir para o estrangeiro. Desde
os contactos a estabelecer com a empresa de destino, ao alojamento,
tudo é tratado pelos seus escritórios. "O
nosso principal problema é a limitação que
é feita pelos alunos, porque diminui muito a nossa capacidade
de conseguir colocá-los em estágio.Por vezes aqueles
que tem menos procura pelos alunos, tem a maior oferta de estágios
e são os que trabalham melhor os programas de estágio",
afirma a responsável da AIESEC.
A AIESEC está já a preparar outras duas semanas.
De 2 a 6 de Abril terá lugar a Semana Internacional Europeia.
Em Maio, entre 7 e 18, é a vez do continente asiático. |