Se faziam música por
hobbie, agora que se sagraram vencedores do I Encontro
de Música Moderna da Beira Interior Flávio, Marco,
Franscisco e Manuel olham para o futuro com outros olhos. Estes
quatro estudantes, com idades entre os 18 e 21 anos e residentes
no Teixoso, compõem a banda Overdrive. Com os 100
mil escudos de prémio querem gravar um CD com os seus
originais, "nem que seja só para nós ouvirmos",
afirma Flávio Torres, vocalista da banda. Ouvir a par
das suas grandes referências: Metallica, Alice
in Chains e Pink Floyd.
Juntaram-se há três anos e quando questionados acerca
do nome, respondem que "saiu à pressa". Gostavam
de ser uma banda profissional mas sabem que "as bandas do
interior não têm grandes hipóteses".
Por enquanto, querem continuar a fazer o que realmente gostam:
música.
Em segundo e terceiro lugares do Festival ficaram A Jigsaw
(Coimbra) e os Purple Angel (Castelo Branco). Patrícia
Figueiredo, do júri e em representação da
Rádio Clube da Covilhã (RCC), elogiou a iniciativa
e a qualidade das bandas. Deixa, no entanto um conselho: "Para
primeiro correu muito bem, mas é uma iniciativa que tem
que ser respensada a nível de um palco maior e a pensar
numa projecção nacional".
Organização
de parabéns
"Iniciativas como esta
deviam acontecer mais vezes, até porque há certas
bandas que já têm discos editados", sublinha
Nelson Silva, a assistir ao espectáculo. Mas se tudo correu
bem a nível de organização, já a
adesão do público ficou-se pelas poucas dezenas.
Para André Reis, da secção cultural da Associação
Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), as
expectativas foram atingidas. "Para primeira edição
foi muito bom, até porque as pessoas que gostam deste
tipo de música não são muitas". No
final, todas as bandas elogiaram o trabalho da organização.
Resta saber se para o próximo ano o Festival se realizará.
"Se houver alguém que entenda que é importante,
deverá haver continuidade", sublinha André
Reis. |