Durante o ano 2000, os onze
centros de saúde que compõem a Sub-Região
de Castelo Branco desenvolveram "uma actividade assistencial
que pode ser considerada positiva", considera José
Manuel Sanches Pires. O director dos Serviços de Saúde
daquele organismo não deixa, no entanto, de apontar que
"a prestação poderia ter sido melhor, caso
os médicos da carreira de Clínica Geral disponibilizassem
todo o seu horário para trabalho no seu Centro".
Só no Amato Lusitano, em Castelo Branco, lembra o responsável,
"há 13 destes médicos que dão 12 horas
por semana para o Serviço de Urgência". O que
na prática corresponde a um total de 156 horas semanais
que podiam ser rentabilizadas em mais "31 consultas por
semana" nos centros de saúde. Com estas horas, acrescenta
Sanches Pires, "só no Centro de Castelo Branco podiam
ser observados, pelo menos, mais 110 doentes por dia".
Dado que esta produtividade "extra" dos profissionais
de Clínica Geral não pode ser contabilizada nos
centros de saúde, mas sim nos hospitais, o director considera
"injustas" algumas críticas que têm vindo
a público sobre a eficiência dos serviços.
As actividades assistenciais nos centros, acrescenta, "não
se limitam às consultas curativas. Outra das suas funções,
não menos importante, é prevenir as próprias
doenças". Para esse efeito tem sido desenvolvida
uma multiplicidade de tarefas que passam pela realização
de acções de educação para a saúde
e pelo desenvolvimento de consultas específicas na área
do planeamento familiar, saúde materna, pediatria, desenvolvimento
psico-motor, alcoologia, desabituação tabágica,
psico-profilaxia do parto e apoio domiciliário integrado.
Os números de 2000
Assim, relativamente ao ano 2000, os números do movimento
assistencial nos 11 centros de saúde do distrito, segundo
dados fornecidos pela Sub-Região de Saúde de Castelo
Branco, registam um total de 685 mil 990 consultas. Um valor
que aponta para uma média de 16 mil e 300 consultas semanais
e 21 por cada médico. No que se refere a especialidades,
são 533 mil 516 consultas na área da medicina curativa,
88 mil 924 no Serviço de Atendimento Permanente, 44 mil
e 200 no campo da saúde infantil, quase 13 mil em planeamento
familiar e seis mil e 300 em saúde materna.
No que se refere à Cova da Beira (Fundão, Covilhã
e Belmonte), o total de consultas foi de 259 mil 502. Uma média
de mil 235 por dia e 19 por médico. Na zona sul do distrito,
numa área que envolve os centros de saúde de Penamacor,
Idanha, Castelo Branco, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova,
Oleiros, Sertã e Vila de Rei, o número total aponta
para as 426 mil 488 consultas, a uma média de duas mil
e 30 por dia e 23 por médico.
No total, 19 mil 740 crianças foram observadas num universo
de 142 mil 863 utentes atendidos. Valor que significa que 66,5
por cento da população total do distrito recorreu,
pelo menos uma vez, à consulta dos centros de saúde. |