GTIST - Grupo de Teatro
do Instituto Superior Técnico
A Mato
Por
Anabela Machado
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Quinta-feira,
8 de Março
O Grupo
de Teatro do Instituto Superior Técnico de Lisboa (GTIST)
apresentou a peça A Mato. "Na peça os actores
brincam ao jogo de matar a espera do amor. Daí que o
título da peça possa ser entendido de duas formas:
primeiro Amato que em latim significa amado e depois mato a lembra
a morte", explicou a encenadora Susana Vidal.
Uma peça onde a ausência de texto não afectou
em nada a apreciação feita pelo público.
"A peça foi excelente. Conseguiu transmitir um sentimento
de claustrofobia, desorganização dos espaços
e de encontros e desencontros pessoais. Sentimentos ocultos que
os gestos retratam melhor que as palavras", confessou Tiago
Candeias à saída do espectáculo.
Uma das cenas que mais reacções suscitou nos espectadores
foi aquela em que um dos actores representou nu. André
Coelho actuou nu com o objectivo de alertar o público
para a sociedade individualista em que vive. A cena passa-se
num balcão onde oito pessoas estão a comer. Quando
entra uma outra pessoa nua, nenhum dos presentes se incomoda
com isso. "Apesar de estar uma pessoa nua entre todas as
outras vestidas, ninguém repara em ninguém, tal
como acontece na nossa sociedade", esclareceu o actor.
No fim do espectáculo realizou-se uma sessão de
curtas-metragens no bar do Teatro Cine. Fado Lusitano de Abi
Feijó, Menos Nove de Rita Nunes, A Primeira Vez de M.
F. da Costa e Silva e Imagens em Movimento de Glória Martins
e Tânia Pereira. foram os quatro pequenos filmes exibidos
para um número reduzido de pessoas.
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