Ridley Scott
Hannibal por carmen martins
Para os fans
e curiosos aqui vai um gostinho antecipado do tão esperado
regresso do Dr. Hannibal Lecter e da renovada Dr. Clarice Starling.
De um ambiente bastante turbulento e FBIano, passamos
para um ambiente bastante clássico e erudito, típico
de dr. Lecter. Depois de escapar a permanente observação
dos médicos psiquiátricos, Lecter procura refúgio
na cidade italiana de Florença. Se a memória acerca
da primeira parte deste filme não falha, Lecter desenhava
na perfeição vistas desta cidade quando conheceu
Starling. Foi a partir destes desenhos e das suas descrições
dos sons e dos perfumes destes lugares que Lecter começou
a impressionar Starling, ou melhor Clarice (só para Lecter).
O dinheiro faz mover o mundo e neste caso fez avivar as memórias
de que Hannibal estava vivo. A única vítima que
sobreviveu a Hannibal, procura desesperadamente a vingança
e faz com que toda a trama se desenrole mais uma vez em torno
da captura de Hannibal.
Starling é mais uma vez confrontada com alguém
que ela admira e que a atrai e que a ama desde o primeiro momento.
Uma vez que não quero quebrar o encanto dos admiradores
desta personagem real, deixo àqueles que o esperam com
grande intensidade a minha opinião.
Grande, envolvente e com um intenso glamour atribuído
à presença de Julliane Moore e ao charme intenso
que Anthony Hopkins atribui ao seu personagem nesta sequela.
Contudo Ridley Scott não conseguiu manter o mesmo nível
de pressão que foi conseguido por Jonathan Demme. O primeiro
conseguiu ser do princípio ao fim uma luta no escuro com
um ser sobredotado. Note-se a batalha final de Starling e Lecter
no primeiro filme. Um cenário bastante impressionante,
no escuro. O público vibra todos os segundos pela vida
de Starling.
Enquanto este último procura levantar-nos o véu
sobre um possível relacionamento entre as duas personagens
principais. Hannibal declara-se à sua Clarice e mostra-nos
um final surpreendente em termos de romantismo. E o monstro a
demonstrar o seu lado "humano".
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