O reitor da UBI, Manuel Santos
Silva, o vice-reitor Luís Carrilho Gonçalves, o
pró-reitor João Queiroz e Simões Lopes,
presidente do Conselho de Avaliação das Universidades
portuguesas foram os principais intervenientes destas jornadas.
A UBI aderiu desde o início ao processo de avaliação.
"Já criámos uma cultura de avaliação",
afirma o reitor da UBI, admitindo que o processo conduziu a uma
melhoria do ensino na universidade. "Num tempo de mudanças,
a UBI tem que se adaptar. Temos sabido fazer essas mudanças",
salienta. E admite que é necessário ter a coragem
de fechar cursos, ou abrir outros novos, caso resulte em prol
do bom rendimento, sucesso escolar ou em função
das exigências.
Sem perder a autonomia, as universidades expressaram o desejo
de se submeter a uma avaliação.
Constituído inicialmente por uma auto-avaliação,
em que cada universidade apresenta o seu relatório dos
cursos, e depois por uma avaliação de uma comissão
externa, em visita às universidades, o processo visa avaliar
os pontos fracos e fortes dos cursos leccionados, tendo em vista
uma melhoria do ensino ministrado através da correcção
do que está mal mas também do progresso.
"Que a avaliação que fazemos nas universidades
não seja confundida com inspecção. O nosso
objectivo é melhorar o desempenho", defende Simões
Lopes.
Actualmente procede-se ao segundo ciclo de avaliação
que pretende ser mais eficaz que o primeiro, decorrido entre
1994 e 1999, e que apesar do balanço positivo, "demorou
muito tempo a fazer-se devido ao atraso, em alguns casos, na
entrega do relatório de auto-avaliação",
salienta Simões Lopes. Para já defende que deve
ser aproveitada a "experiência do passado e lançar
um novo ciclo em que não sejam repetidos os erros".
Na qualidade de presidente da Comissão de Avaliação
das universidades portuguesas, Simões Lopes garante que
o processo de avaliação decorrerá em seis
meses a partir do limite do prazo de entrega dos relatórios
de auto-avaliação - 31 de Janeiro de 2001.
Representantes de cursos
apresentam relatórios
Matemática Ensino, Engenharia Electromecânica, Engenharia
Têxtil e Gestão apresentaram ao público presente
no anfiteatro os pontos essenciais dos seus relatórios
de auto-avaliação.
Admitiu-se, nestes casos particulares, a melhoria em vários
aspectos, nomeadamente ao nível dos espaços, qualidade
de infra-estruturas e existência de meios técnicos.
Apesar de tudo, foi referido que todos têm consciência
de que há ainda muito a ser feito.
Nos departamentos de Gestão e Economia e de Matemática
apontaram-se como objectivos a melhoria dos equipamentos e o
aumento da bibliografia disponível para dar melhor resposta
às necessidades dos alunos.
Mais equipamentos laboratoriais foi o pedido de Engenharia Electromecânica,
que pretende assim aumentar a qualidade do ensino.
Uma vez que não é só de pontos fracos que
se fazem estes relatórios, fez-se referência à
evolução dinâmica das licenciaturas e da
formação de corpos docentes.
Destaque para a primeira participação da Medicina
nestas acções. Júlio Fermoso, antigo reitor
da Universidade de Salamanca e membro da Comissão Externa
de Acompanhamento da Faculdade de Medicina, apresentou o método
de ensino da Medicina a aplicar na UBI, que se caracteriza por
estar centrado no estudante e baseado na prática e na
multidisciplinaridade.
Jorge Jacinto em representação
dos alunos
Os alunos tiveram uma presença muito discreta nas IV Jornadas
de Avaliação, tendo sido poucos os que se deslocaram
ao anfiteatro 1.
O presidente da Associação Académica da
UBI, Jorge Jacinto, representou os alunos perante o painel. Salientando
que a Associação Académica não é
uma associação de festas, manifestou o interesse
desta na progressão da universidade, apresentando como
"grande bandeira da Academia ter alunos bem preparados.
Somos uma equipa de futebol onde todos temos de trabalhar para
marcar golos, isto é, ocupar lugares de destaque na sociedade".
Admite que a avaliação pode ser o ponto de partida
para a resolução de vários problemas, defendendo
uma avaliação da educação no seu
todo, já que, entende, cada vez mais se chega ao ensino
superior com problemas, comprometendo-se assim o sucesso escolar
nas universidades. |