Inaugurações na Aldeia Histórica
Centro de Dia cuida de idosos e crianças

O último sábado foi de festa. Para além do Centro de Dia a povoação inaugurou a iluminação ao nó do IP 2 e apresenta um roteiro turístico.

 Por Rodolfo P. Silva
NC/Urbi et Orbi

 

José Maria Fortunato (à esquerda) inaugura o Centro de Dia na companhia de João Freitas (à direita), presidente da Junta de Freguesia

A população de Castelo Novo, freguesia do concelho do Fundão, já pode usufruir do tão desejado Centro de Dia (CD). A infra-estrutura custou cerca de 20 mil contos e vai servir utentes em regime de presença física e apoio domiciliário de lavagem de roupas, limpeza de casas e fornecimento de refeições. A abertura, no sábado, 17, coincidiu com a inauguração oficial da iluminação do nó de acesso da localidade ao Itinerário Principal (IP) 2 e da apresentação do Roteiro de Castelo Novo.
Não são apenas os idosos a beneficiar da abertura do Centro. Os alunos do ensino pré-primário, vão também almoçar no espaço e deixam de depender das refeições trazidas de Atalaia do Campo. José Maria Fortunato, presidente da autarquia fundanense, realça as vantagens desta solução: "Vamos juntar os mais velhos e as crianças nestas instalações o que é útil para todos". O edil mostrou-se satisfeito com a obra, um exemplo de que "Castelo Novo, contra as vozes pessimistas, está a desenvolver-se".
Fortunato foi um dos responsáveis a quem coube descerrar a placa do Centro de Dia. Uma presença que João Freitas, presidente da Junta local, considerou sintomática do papel desempenhado pela edilidade na concretização deste desejo antigo dos habitantes. O momento era de agradecimentos daí o autarca lembrar que a obra se deve "a todos os que ali trabalharam, desde o empreiteiro ao electricista e ao esforço e compreensão de todos os que viram que a falta de um CD era uma verdadeira lacuna". Na lista de João Freitas estava a Liga dos Amigos de Castelo Novo e o Centro de Dia de Atalaia do Campo: "O processo de criação do Centro deles foi similar ao nosso, por isso aproveitámos o seu apoio ao nível logístico e de amizade".

Centro Social gere instalações

Apesar de ter sido a Junta e a Câmara a financiarem as instalações, a sua gestão vai ficar a cargo do recém constituído Centro Social de Castelo Novo (CSCN). João Freitas explica que a decisão se deve ao facto de "nem a edilidade nem a Junta terem vocação para gerir este tipo de estruturas". A única condição exigida por Freitas é que o espaço se mantenha como CD. A criação da associação já saiu no Diário da República a espera-se que, em breve, o CSCN seja reconhecido, pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade, como uma Instituição Privada de Segurança Social (IPSS).
O dia era de festa na localidade e logo que o Centro de Dia ficou oficialmente aberto, a comitiva dirigiu-se ao Posto de Turismo para assistir à apresentação do folheto que vai dar a conhecer a freguesia que integra o conjunto das Aldeias Históricas da região. A referência inicial de Fortunato foi para o facto do Posto de Castelo Novo ser "o único, de todas as Aldeias Históricas, que funciona a 100 por cento". Fernando Palouro, a quem coube a apresentação do prospecto, centrou o seu discurso na importância de incentivar o turismo e divulgar o que é singular: "Sempre que é preciso mostrar o concelho do Fundão, Castelo Novo figura em lugar de destaque, pela beleza da paisagem, arquitectura e importância do património".

  

Intervenções a bom ritmo
Variante adjudicada espera expropriações

Para João Freitas, presidente da Junta, "o Programa das Aldeias Históricas, em Castelo Novo, entrou na velocidade de cruzeiro". As prioridades da localidade, situada no sopé da Serra da Gardunha, nas palavra do autarca, são "colocar os cabos telefónicos e eléctricos no subsolo, tirar as antenas de televisão dos telhados, fixar sinaléctica na aldeia, recuperar fachadas e fazer a variante à freguesia".
Os discursos, quer do presidente da Junta, quer de José Maria Fortunato, são optimistas em relação ao desenvolvimento de Castelo Novo. Na visita integrada no conjunto de inaugurações, o edil trouxe mais um trunfo na manga: "A Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC) acaba de aprovar a candidatura do enterramento dos cabos que se encontram nas fachadas das casas". João Freitas vê nesta obra de 140 mil contos, que já se iniciou, a virtude de "devolver ao casario a imagem medieval".
Outro dos objectivos, consignado no estatuto das Aldeias Históricas é a colocação de sinaléctica nas ruas. De acordo com o autarca local, "as placas já se encontram na Sede da Junta e só estamos à espera que os técnicos da CCRC indiquem os locais onde devem ser postas". De seguida as intervenções vão no sentido de recuperar o Castelo, a Igreja Matriz e zona envolvente. Fortunato avança que "há a intenção de se fazer uma candidatura a subsídios para essas obras, mas tudo depende da avaliação que vai ser feita pelo grupo de trabalho que estuda o projecto".
Em fase adiantada está a variante à aldeia, obra que já está adjudicada e em fase de expropriações. "O empreiteiro só está à espera de poder avançar para o terreno", revela Freitas. Este ritmo de obras permite ao líder do executivo da Junta responder aos que, segundo ele, afirmavam, que Castelo Novo ia perder o estatuto de Aldeia Histórica: "Hoje todas as dúvidas estão dissipadas e se durante os últimos anos se trabalhou para recuperar o património histórico, nos próximos tempos vamos entrar na sua consolidação definitiva".

 

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