Projecto de reconverção
do Cabeço do Pião
Antiga mina
passa a estância turística
NC/Urbi
et Orbi
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O Cabeço
do Pião, freguesia de Silvares, vai tornar-se numa estância
turística. Na segunda-feira, 19, os promotores da reconversão
daquela zona mineira, Junta de Freguesia, Associação
Pinhos Verdes e autarquia, reuniram-se no local com Armando Carvalho,
gestor da Acção Integrada do Pinhal Interior (AIPI).
No final, todos concordaram que o projecto é inovador
e tem potencialidades. As primeiras projecções
financeiras apontam para um orçamento de 150 mil contos,
parte dele vindo da candidatura aos subsídios da AIPI.
A apresentação oficial está marcada para
dia 31 de Março.
A revitalização do Cabeço do Pinheiro passa
pela construção de diversas estruturas de lazer
e actividades desportivas. Segundo o que está previsto,
nos armazéns vai nascer um parque de suporte a desportos
radicais, como, por exemplo, canoagem, paint-ball, rafting, slide,
ou BTT. A capacidade de alojamento vai depender do aproveitamento
de alguns edifícios já existentes. A antiga messe
vai passar a ser uma Pousada da Juventude e o Bairro Chinês
vai comportar 11 apartamentos de características T1. Nas
escolas, agora abandonadas, pretende-se que funcionem vários
centros de formação, multimédia e de formação
out-door, que vão prestar apoio a toda a estrutura. Estão
previstos, também, campos de jogos para a prática
de diversas modalidades ao ar livre, como ténis e hóquei
em patins entre outros.
Carlos São Martinho, presidente da Junta, espera ter a
primeira fase deste plano concluída em 2003. O autarca
explica que estas infra-estruturas têm de se integrar na
zona envolvente: "Vamos tentar explorar o artesanato e a
natureza onde se insere a estância. O aproveitamento das
potencialidades do Zêzere para a canoagem, os montes que
nos cercam, e que muita gente não conhece, para passeios
pedestres, são alguns exemplos".
Para Armando Carvalho, esta intervenção reveste-se
de grande importância, uma vez que "há no local
variados problemas de natureza ambiental, paisagísticos
e sociais" que podem ser resolvidos e "encarados como
potencialidades". O responsável da AIPI refere "a
história de ocupação mineira daquela área,
mas que se encontra adormecida" e explica que "é
necessário construir marcos, no terreno, que permitam
o desenvolvimento local. Este pode ser um deles".
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