"Embaixadores da Cultura"
Finalistas
da EPABI recebem diplomas
Por
Rita Lopes
NC/Urbi et Orbi
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Os alunos finalistas
dos Curso Básico de Instrumento e de Instrumento, do triénio
1997/2000, da Escola Profissional de Artes da Beira Interior
(EPABI) receberam, no sábado, 17, os diplomas finais.
A cerimónia decorreu na Câmara Municipal e foi apadrinhada
por Maria do Rosário Pinto da Rocha, vereadora com o pelouro
da Cultura, Vitor Santos, representante da Direcção
Regional da Educação do Centro, directores, professores,
ex e actuais alunos e familiares. Um momento que para Paula Ramos,
directora pedagógica da escola, "simboliza o finalizar
de mais um grupo de alunos que entraram para a escola pequeninos,
cresceram connosco e, por isso, tem uma carácter muito
forte emotivamente".
Um pequeno concerto oferecido por alunos do 1º ano e da
Orquestra de Cordas do 2º ano do Curso Básico de
Instrumento preencheram a primeira parte do encontro, fortemente
aplaudido pelo público que encheu o Salão Nobre.
Na segunda metade do programa, professores, funcionários
e entidades envolvidas, receberam lembranças simbólicas
dos anos dedicados à instituição. À
espera estavam 12, dos 20 finalistas, para receberem o documento
que marca a passagem pela EPABI e o começo de uma nova
etapa. Uma vida que passa pelo Ensino Superior, onde todos ingressaram
para estudarem o instrumento que escolheram na chegada à
escola. Lisboa e Castelo Branco são os destinos mais procurados
pelos "embaixadores da cultura", como lhes chamou a
vereadora. Um facto que, para Paula Ramos, "é muito
positivo. É sinal de que conseguiram seguir o que querem,
o que hoje é raro". Dora Salgueiro, finalista do
Curso de Instrumento, a estudar violino na cidade albicastrense,
relembra a experiência na escola e mostra a sua felicidade:
"Surgiu a oportunidade da EPABI e não desperdiçei.
Foi o melhor que fiz. Aprendi muito e foi a ponte para o meu
sonho, que é ser professora de violino".
Eterna ligação
à EPABI
Depois de três anos no Curso Básico e três
no de Instrumento, os alunos da EPABI saem da Covilhã
em direcção ao sonho que os levou a entrar na escola,
aprender e, posteriormente, ensinar música. A estudar
noutras cidades do País, os jovens musicos não
perdem o rumo à casa onde, quando podem, vão matar
saudades. Integrados na Orquestra, sempre que regressam a casa
não perdem um concerto nem um ensaio. "A ligação
à escola é uma característica dos nossos
alunos. Quando vêm de fim-de-semana, vêm tocar para
a Orquestra, fazem concertos e nunca nos deixam", revela,
nostálgica, a directora. "A escola continua a ser
a sua segunda casa", acrescenta.
Embora as condições físicas da EPABI não
sejam as melhores, isso não é obstáculo
para quem ama a arte. Estudar nas casas de banho e nos corredores
não é novo para os jovens que, segundo Paula Ramos
"já se adaptaram e são felizes assim".
Mais importante que o espaço físico é "a
qualidade do ensino e a felicidade deles. Enquanto tiver que
ser assim, tem que ser", remata. Dora Salgueiro é
um exemplo disso: "Vou estar sempre ligada à escola
e à orquestra, que podem contar comigo".
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