| 
           
        
          
            
               | 
            
             União de Sindicatos
            mobilizada  
            Unanimidade domina IV Congresso 
            Mais de uma centena de delegados
            sindicais de vários sectores reuniram no Tortosendo. A
            eleição da direcção da União,
            revisão de estatutos e a aprovação do Programa
            de Acção dominaram um Congresso marcado pelo consenso. 
             
            
              
                
                  Por
                Sérgio Felizardo 
                NC/Urbi et Orbi 
                  | 
               
              | 
           
          
            
            O consenso verificado
            em todas as votações do Congresso, traduz-se, segundo
            Luís Garra, numa maior força da União de
            Sindicatos 
 
             | 
           
         
        
          
            
            "O IV Congresso da União
            de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) decorreu sob o lema da
            consensualidade e mostrou sindicalistas motivados para agir e
            para ganhar as causas pelas quais lutam". Satisfeito com
            a forma como decorreram os trabalhos, Luís Garra, coordenador
            da USCB, resume assim a iniciativa que juntou na sexta-feira,
            9, na Sala de Espectáculos do Unidos Futebol Clube do
            Tortosendo, cerca de 120 delegados de mais de 20 sindicatos com
            representação no distrito. 
            A unanimidade reinou entre os representantes do mais diversos
            sectores (têxteis, autarquias locais, função
            pública, metalúrgicos, comércio e escritórios,
            rodoviários, hotelaria, professores, mineiros, enfermeiros,
            entre outros) e traduziu-se na aprovação total
            de todas as propostas sujeitas a sufrágio. Em destaque
            esteve, para além da eleição da nova direcção,
            a alteração dos estatutos e regulamento eleitoral
            da União, bem como o Programa de Acção para
            o novo mandato. Segundo os estatutos agora aprovados, a direcção
            eleita, cujos membros são praticamente os mesmos, passa
            a ser mandatada por quatro anos (ao contrário dos três
            anteriores). "É uma linha que tem sido seguida por
            várias organizações sindicais e que nos
            permite ter mais tempo para trabalhar", justifica Luís
            Garra que, embora não o confirme, deverá ser reconduzido
            no cargo de coordenador. 
            O aumento do número de jovens e de mulheres participantes
            foi outra das referências do dia em várias intervenções.
            Mesmo assim a União quer mais e Garra estabelece como
            meta para os próximos quatro anos um acréscimo
            de três mil nomes nas fileiras dos sindicatos de Castelo
            Branco: "Há condições para que haja
            um rejuvenescimento dos sindicalistas prova disso é que
            há evoluções nítidas em muitos sindicatos
            e uma grande capacidade de resistência de outros, nomeadamente
            dos têxteis". 
 
            Acção com medidas inovadoras 
             
            Do Programa de Acção aprovado por unanimidade,
            fortemente influenciado pelas lutas ligadas à dignificação
            do trabalho, à melhoria substancial dos salários
            e ao desenvolvimento do futuro dos trabalhadores no distrito,
            três novidades merecem realce: a criação
            de "brigadas" de vários sindicatos nas áreas
            industriais do Tortosendo, Fundão, Castelo Branco e Zona
            do Pinhal, como forma de fomentar a sindicalização;
            a implementação de uma unidade móvel para
            acções sindicais mais próximas dos trabalhadores;
            a instituição na Covilhã e capital do distrito
            da Casa do Trabalhador.  
            O espaço, revela Luís Garra, poderá concentrar
            num mesmo local as energias dispersas pelas diversas sedes: "É
            uma casa onde todos os trabalhadores, independentemente do sector
            a que pertencem, se poderão deslocar para tratar dos seu
            problemas". Uma forma, afiança, de rentabilizar meios
            financeiros, humanos e equipamentos, sem quebras de autonomia
            e capacidade de decisão de cada sindicato, ou dirigente,
            a nível individual. "A União não quer
            planar por cima e mandar em todos. A ideia é só
            a de rentabilização", acrescenta Garra, que
            aponta como medida complementado aproveitamento das sedes para
            fins para-sindicais. 
 
            Instituições marcam presença 
             
            No final do Congresso, o coordenador congratulou-se com a postura
            de todos os oradores que quiseram intervir no decorrer dos trabalhos.
            "Sem intervenções do tipo muro das lamentações,
            sem choradinhos, mas com esperança, trabalho e energia,
            os sindicalistas demonstraram a todos os que aqui estiveram,
            incluindo os observadores e convidados, que a luta é para
            continuar", afirma Garra. 
            Entre os que assistiram à sessão de abertura, o
            sindicalista destaca, "sem desvalorizar ninguém",
            os representantes das Comissiones Obreras de Espanha, Américo
            Nunes da CGTP-IN (e que acabou por intervir em substituição
            do líder da central sindical, Carvalho da Silva), Manuel
            Freitas da FESET, o presidente do Unidos e o tesoureiro da Junta
            de Freguesia do Tortosendo, bem como o presidente da Câmara
            da Covilhã, o social-democrata Carlos Pinto e o director
            da Segurança Social, José Joaquim Antunes. "Todas
            as presenças nos honram e são a prova de que a
            União é representativa dos trabalhadores e credora
            do respeito das instituições. Mesmo daqueles que
            não concordam com as nossas posições",
            considera Luís Garra. E conclui: "É a prova
            de que esta é maior força social do distrito e
            de que à arruaça contrapomos uma atitude séria,
            responsável e qualificada". | 
           
         
         
  |  
       
      |