Na sessão de inauguração
do Centro de Recursos Empresariais de Belmonte (CREBE), no dia
15, que juntou responsáveis autárquicos da região
e empresários, Nelson Sousa reforçou a importância
da modernização e competitividade do tecido empresarial
português no panorama europeu que antecede a entrada em
vigor da moeda única, o Euro. "O motivo que me traz
hoje a Belmonte representa mais um passo no sentido de ajudar
os empresários e agentes económicos de cada uma
das regiões e de cada um dos municípios para melhor
enfrentarem os desafios. Nem tudo se resolve com dinheiro e incentivos.
Às vezes é tão importante ter acesso a um
incentivo como ter acesso a informação, a um aconselhamento.
O CREBE contribuirá para isso", sublinha.
Miguel Bernardo, presidente da Associação Comercial
e Industrial dos Concelhos da Covilhã, Belmonte e Penamacor
(ACICCBP), garante que esse é o objectivo da criação
do CREBE. "Com este Centro estaremos com certeza mais perto
das empresas, o que vem permitir o estreitamento dos laços".
Através da vídeo conferência o CREBE estará
em comunicação com a sede na Covilhã",
corrobora.
Os custos para a criação do CREBE são pouco
significativos. O espaço e alguns meios foram cedidos
pela Câmara Municipal de Belmonte.
A ACICCBP prepara-se para investir no funcionamento do CREBE
o "know how", recursos humanos e meios informáticos.
Para o CREBE serão transferidos todos os processos referentes
a empresas de Belmonte que estão a ser inventariados e
depois transferidos e acompanhados a partir do novo centro.
URBCOM em pleno andamento
Terminado o PROCOM, programa
de apoio ao Comércio subsidiado pelo II Quadro Comunitário
de Apoio (II QCA), com perto de 35 milhões de contos de
incentivos atribuídos, o Ministério da Economia
(ME) vai dar início ao URBCOM. O secretário de
Estado aproveitou para fazer um balanço da actividade
do PROCOM e lançou os objectivos do novo programa. Esta
nova ajuda destina-se em especial aos projectos de Urbanismo
Comercial (URBCOM).
Até ao final do ano, o ME espera ter concluído
a aplicação de todos os projectos subsidiados desde
1996. Os projectos que não obtiveram financiamentos do
PROCOM poderão candidatar-se a este novo pacote de ajudas
do POE.
Meio ano depois do seu início os responsáveis governamentais
declaram-se satisfeitos com a celeridade dos processos. "O
URBCOM começou a laborar em Junho de 2000 e, em seis meses
de vigência, já aprovou três mil e 500 projectos
no valor de 30 milhões de contos. Em sete meses o III
QCA e o POE aprovaram quase tantas ajudas como o PROCOM em 5
anos", reforça.
Empresários do Interior
preferem Internet
A opção do POE
é reduzir drasticamente aquilo que são as dificuldades
de acesso a informação por parte das empresas,
implementado para isso duas medidas: a simplificação
processual e a utilização das novas tecnologias,
possibilitando a apresentação das candidaturas
pela Internet.
"Regiões como a Beira Interior, Trás os Montes
e Alto Douro e Alentejo utilizaram de uma forma muito mais significativa
a Internet do que as regiões do Litoral", sublinha
o secretário de Estado. Cerca de 80 por cento das candidaturas
ao Plano Operacional de Economia de entidades do interior do
País foram feitas via net. Enquanto que no Litoral, também
pela facilidade de acesso aos espaços físicos ali
existentes, esse número baixa para 60. Esta medida vem
no seguimento da política desburocratizadora do Governo.
No último ano o número de pedidos que chegaram
ao POE anda perto das 15 mil candidaturas, representando um investimento
de 1,5 mil milhões de contos. "Estes números
devem-se à vontade dos empresários em resolver
os problemas", observa.
O Governo prepara-se agora para exercer uma maior selectividade
nos projectos, bem como um maior controlo das verbas disponíveis.
O secretário de Estado garante que "não vão
haver os desequilíbrios orçamentais que se registaram
na gestão do II QCA". Também os pequenos comerciantes
passarão a ser alvo de uma mais apertada fiscalização
nas suas declarações de IRC.
E alerta : "Não vai criar problemas aos pequenos
empresários cumpridores, mas sim relação
aos empresários que sistematicamente não cumprem
com as suas obrigações obviamente que vão
haver problemas".
|