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Manifestação
pela retirada das tropas
JCP exige fim da NATO
Contra o uso do urânio
empobrecido no armamento mas também a exigir a dissolução
da NATO, o núcleo covilhanense da Juventude Comunista
Portuguesa (JCP) manifestou-se no final da tarde de quinta feira,
1, no centro da cidade. Contestam as intenções
humanitárias da NATO e condenam "a agressão
às populações da ex-Jugoslávia".
Por
Raquel Fragata
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Membros da JCP manifestaram-se
contra a NATO e o uso do urânio empobrecido nos armamentos
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Integrada numa série de
iniciativas desenvolvidas pelo PCP em frente à Assembleia
da República e por todo o País, no dia 25 de Janeiro,
a JCP-Covilhã esperou pela melhoria das condições
climatéricas para se manifestar contra a NATO. "Paz
sim! Nato não!" é o título do documento
que destribuíram pela população que no final
da tarde se deslocava no centro da cidade. Neste documento podem
ler-se algumas das posições dos comunistas face
às intervenções da NATO nos Balcãs.
Exigem a saída dos militares portugueses dos Balcãs,
a dissolução da NATO, a solidariedade com as populações
afectadas pelos bombardeamentos e o fim da militarização
da União Europeia. Acusam os aliados de ameaçarem
a paz e a soberania dos povos e por isso querem o fim das intervenções
que consideram ser movidas por interesses geo-estratégicos.
No final da manifestação Pedro Ramos, responsável
distrital da JCP, saldava a iniciativa como positiva. "O
que detectamos aqui é que muitas pessoas não estão
informadas e quando entregamos o documento temos a oportunidade
de conversar e de esclarecer algumas coisas. Por isso é
positivo", afirma. "Desde os anos 40 que se sabe que
o urânio é prejudicial para a saúde no entanto
estas munições têm sido utilizadas e portanto
vem-se falar de intervenções humanitárias
quando não o são, não é isso que
a NATO faz. A NATO defende os interesses de países, interesses
geoestratégicos, que nada têm a ver com os interesses
humanos."
A JCP manifestou também estar contra as posições
do Governo português em relação à
polémica do urânio empobrecido e exigem esclarecimentos.
"O Governo tem que dar respostas credíveis aos pais,
soldados, familiares e a todos os portugueses e explicar qual
é o interesse nestas intervenções",
defendem. |
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